quinta-feira, 28 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]



“E na mesma hora Jesus curou UMA RUMA de enfermidades, males, espíritos maus e deu vista a muito cegos” (Lc 7:21\ Bíblia do matuto)

Pai-Mãe de infinita compaixão vem nos socorrer!
A vida com seus inúmeros desafios exigem de nós fé e coragem. Gil estava certo “a fé não costuma faiá”.
Hoje me lembrei da narrativa bíblica em que os discípulos de Jesus ficaram apavorados em meio à tempestade, e enquanto isso, Jesus “tirava um belo cochilo”, ou como diria o saudoso João Dias: “uma soneca pastoral”.
Senhor, o vento forte em nosso barco parece chegar com muita força...
Temos amigos e familiares enfrentando doenças;
A falta de emprego gerando caos em muitos lares;
As violências da cidade nos deixam apavorados;
As drogas fazem com que irmãs da comunidade religiosa revelem sofrimento no olhar pela situação de seus filhos...
Tenha piedade de nós, Senhor! O que nos deixa com medo no barco é tão pequeno que não “atrapalha teu sono?”.
Nossa fé se renova, pois sabemos que “até o vento e o mar lhe obedecem”. Sabemos em quem temos crido.
Temos conhecimento também que a nossa existência é feita de dores, choros, perdas... Também celebrações, resistências, reinvenções da jornada...
Como sugere o velho Raul: “temos dois pés para cruzar a ponte”.
 De fato: Tua presença é real sempre, assim, chorando-sorrindo sou Teu Pai-Mãe.
Fui capaz de ouvir a doce voz do Senhor através de uma bela interpretação musical do meu amigo presbítero-seminarista Júnior Amorim da IPU de Itapagipe em Salvador. O Senhor me disse: “Eu o Senhor teu Deus te tomo pela mão direita e te digo não temas que eu te ajudo”.
            (Prece feita em 28-06-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

terça-feira, 26 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]



“Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais doces que a RAPADURA” (Salmos 119.103\ Bíblia do Matuto)

A experiência da mesa da refeição partilhada é emblema de Tua presença em nós. Risos, sabores, cores e cheiros. Aqui no território do Recôncavo há um tempero ancestral que envolve memórias, lutas, danças...
Tua presença é um exercício de fé, sensibilidade e total abertura para alteridade.
Com voz profética assinalou o Rev. João Dias de Araújo: “há muita fome no meu país”.
 Assim, a mesa torna-se símbolo cheio de ambivalências, isto é, fartura-ausência, riso-choro, comunhão-briga...
Como ficar sossegado sabendo que falta pão na mesa do outro? O pão nosso de cada dia o Senhor não nos oferece hoje? Como fazer teologia afastando Pai-Nosso do Pão-Nosso no nordeste brasileiro?
Penso ser necessário desenvolver uma espiritualidade da partilha. Chega de farelos e migalhas dos poderosos em tom de generosidade para nós.
Nossa vida, nosso corpo, nossa voz, nossos pés, nossa inteligência, nossas mãos são nossas “armas”. É urgente articularmos fé-luta em solo Latino Americano.
Nada de novo, pois, nosso professor e Salvador Jesus de Nazaré já nos ensinou. Homens e mulheres (leigos ou não) já demonstraram com a Teologia da Libertação o que devemos ou não fazer.
Sim, olhamos para outras experiências e vamos fortalecendo nossa caminhada nessa nação. Criando nossos caminhos no “gabinete e na rua”. Nossa cidade deve ser nossa “paróquia”.
A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil irá completar 40 anos em setembro e carecemos, neste novo contexto histórico, da reflexão inicial: “o que estou fazendo se sou cristão?”
Há muitos indivíduos sociais (dentro e fora) da igreja com uma vida cheia de amargura. Bem, como nordestino que sou, carrego a bíblia em uma mão e a rapadura na outra. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça, pois, na mesa ainda há lugar, é só chegar.
(Prece feita em 26-06-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

segunda-feira, 25 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]


“Tu sois salvo POR MOI da Graça através da Fé. E isso não vem de vocês. É dom de Deus” (Efésios 2.8\ Bíblia do matuto)
Os pássaros cantam bem cedinho louvores ao Teu nome meu Senhor.
As flores regadas com orvalho perfumam e alegram meu camarada e Salvador Jesus de Nazaré.
Vejo com alegria e esperança a manifestação do Teu Espírito Santo como brisa que chega nesta manhã.
No entanto, ó Deus, o que é isso ocorrendo com aquelas crianças presas em jaulas? Como fica a garantia dos direitos humanos? Esses homens não se cansam do poder?
Milhares de cristãos vão celebrar cultos e estudar a Bíblia semanalmente, todavia, pergunto: não é possível convidar outros olhares e saberes para dialogar com o texto sagrado? Dito de outra forma: em que a biografia de Moisés e ou Ana têm a nos dizer hoje?
Por vezes encontro-me cansado em perceber uma fé alienada e inoperante.
Não falo de fazer para ser salvo, mas, como salvo não posso deixar de fazer o que é correto no que tange a defesa da vida humana. Seria muito bom ver as sementes transformadoras do Evangelho criando um ciclo novo.
Sim, sei que há coisas interessantes acontecendo aqui e ali. Homens e mulheres de bem que COM E APESAR DA IGREJA, promovem o Reino de Deus nas ruas da cidade.
Pai-Mãe ensina-nos a fazer da Bíblia um instrumento de empoderamento para que as diversas lutas sejam vitoriosas e conquistadas coletivamente.
Vida longa à Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) que muito bem sabe propor essa espiritualidade diaconal e libertária.
#CESE #DIREITOSHUMANOS #PROJETOSQUEMUDAMVIDAS
(Prece feita em 25-06-18)





[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

quarta-feira, 20 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]


“Porque Deus amou o mundo QUE SÓ A MULESTA e deu seu único filho para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (João 3.16\ Bíblia do matuto).

            Percebo Teu cuidado na jornada e confesso que fico constrangido. Não sou merecedor do colo protetor e aconchegante. Do dengo, riso nos lábios e do cafuné. Cantas para eu dormir como uma mãe ao sussurrar baixinho no quarto.
Sim, antes de pronunciar Teu nome tu já tinhas um apelido para mim. Sou Teu, Senhor!
Junto às mãos do meu pai e da minha mãe que me seguravam nos meus primeiros passos na infância, eram Tuas mãos que me chamavam para brincar.
Não posso não ser Teu, Pai-Mãe. Nasci em ti. Vivo em Ti. Canto para Ti. Existo em Ti.
Não tenho medo de Ti. Tenho uma relação afetuosa. Tenho um amigo-parceiro. Minha fé se renova mais forte e mais comprometida com a justiça social. Mística engajada que floresce com leveza, beleza e perfume.
Hoje é dia de recriação. Só assim posso continuar a jornada. Só olhando para Ti, ou seja, olhando para o chão e para os humanos que devo caminhar.
(Prece feita em 20-06-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

sexta-feira, 15 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]


“Somos simples servos porque fizemos apenas o que deveríamos fazer” (Lc 17.10)

Consigo perceber Teu agir na vida de tantos homens e mulheres, Senhor.
Silêncio dos bons? Aqui não! Ouço os sons da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço), da CEDITER (Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra), da KOINONIA PRESENÇA ECUMÊNICA E SERVIÇO, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). São exemplos de instituições que despertam a necessidade de uma espiritualidade diaconal e libertadora.
            Silêncio dos bons? Aqui não! Escuto o “barulho” da Aliança de Batistas do Brasil (ABB) e da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), ambas tem corajosamente e profeticamente anunciado um tempo novo para mulheres e pessoas do mesmo sexo.
Silêncio dos bons? Aqui não! O modelo diaconal e de cuidado pastoral, assim como, o compromisso intelectual dos irmãos Luteranos e Metodistas são inspiradores.
Pai-Mãe que me chamas pelo apelido. Ouço tua voz dizendo que tem coisas interessantes ocorrendo em diversas organizações e vidas em redes fraternas e solidárias.
Silêncio dos bons? Aqui não!Todavia, precisamos nos perguntar: será que não precisamos potencializar e ampliar nossa polifonia? E, para aqueles e aquelas que são da Igreja presbiteriana Unida (IPU), grupo que pertenço, não abrindo mão de seu legado e suas memórias de fé-compromisso social, tirando suas ações em alguns destes organismos ecumênicos supracitados, qual tem sido nosso tom? Quais “sons” produziremos para os próximos 40 anos?
(Prece feita em 13-06-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

quinta-feira, 7 de junho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]



 “Julgou a causa do aflito e do oprimido: não é isso conhecer-me?, diz o Senhor” (Jr22.16).

Canto pra Ti em minha inteireza. Meus lábios não são suficientes. Alegro-me em saber (por experiência) que És fiel e cheio de misericórdia.
Confio em Ti, Senhor. Sou um vaso em Tuas mãos. Carrego o Evangelho da Graça e Redenção.
Minha fé exige de mim uma leitura da Bíblia libertadora. Os desafios são tantos, Deus da vida. Contudo, sei em quem tenho crido. Jesus de Nazaré é o Senhor e o camarada do caminho.
Sou grato pela vida da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço). São 45 anos promovendo uma espiritualidade diaconal emancipatória. Tantas vidas em resistência e empoderamento. Fé que luta por garantias de direitos sociais.
Ah, Senhor. Trata-se de uma fé cristã ecumênica.
Em nome da diretora executiva Reverenda Sônia Mota (IPU), parabenizo toda equipe da CESE.
Que o chamado misterioso de Deus continue motivando vocês. Por favor, não se cansem de fazer o bem. Que a tríade: ver, julgar e agir alimente a utopia de vocês.
Deus (Pai-Mãe), como moderador do Presbitério do Salvador (PSVD) da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU), peço-te: renova os sonhos e esperanças da CESE. Também agradeço por esses homens e mulheres que são tuas mãos e voz nesta instituição. CESE: 45 anos em defesa dos Direitos Humanos.
(Prece feita em 04-06-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).