Por:
Cláudio Márcio[1]
Estes dias veio a
palavra do Senhor através de um bêbado na rua que dizia mais ou menos assim:
“Não tiveram paciência! Achei uma planta que jogaram fora! Eu gosto de planta!
Levei pra casa e com o tempo ela floresceu perfumando todo o meu lar!” Achei
isso de uma beleza-leveza que me encheu de vida!
Fiquei refletindo a
“correria nossa” de cada dia, os prazos na vida acadêmica e ou religiosa,
metas, busca por... Ora, não se trata de abandonar sonhos-projetos, mas,
repensar o caminho. O que vejo? Líderes religiosos e acadêmicos adoecendo! A
crença no jogo e sua prática podem ser extremamente perversas. Sim, trata-se
também de sistemas de crença. Religião e Ciência essa é minha “cachaça”! Vez
por outra, só com um “porre” para suportar o caminho.
Eu, aprendiz do bêbado
poeta-teólogo das ruas e bares, não desisti das flores perfumadas na religião e
na universidade, contudo, percebo que ambos os espaços não possuem paciência e
vendem-produzem ilusões. Isto é, são flores artificiais, quando não apenas
buquês (com flores mortas) ungidos e legitimados por religiosos e professores
universitários.
De fato, apenas
seguirei no caminho com fé-festa, flores, livros e outro ritmo nos passos...
Esperando por bêbados-poetas que provoquem leveza-alegria e esperança no caminho.
Evidente que as
generalizações aqui são com o intuito de provocar reflexões... A realidade e os campos de saberes são socialmente
construídos em disputa. Questiono o sistema de crenças que ambos possuem. A
impressão é que muda apenas o nome do Deus (Deuses). Assim sendo, o divino
exige bastante dos fiéis. O que posso fazer? Não abandonarei a marcha, apenas,
lerei mais poesias, olharei mais o sol, tomarei um pouco de chuva e, farei de um
jardineiro um novo amigo.