Fiquei esses dias
refletindo como alguns religiosos costumam se “esquivar” de compromissos
cotidianos e jogam a responsabilidade para o Divino, onde, de algum modo, ainda
que indiretamente, dizem: “tal situação se encontra assim e só o Senhor pode
mudar”! Ora, essa afirmação é parcialmente “verdadeira”. Todavia, é
demasiadamente “PERIGOSA” (como usava costumeiramente o saudoso Rev. João Dias
de Araújo).
Perigosa na medida em
que a experiência de fé pode-deve provocar processos de empoderamento de
sujeitos sociais que buscam-promovem espiritualidades emancipatórias,
acolhedoras e dialógicas. É preciso tomada de consciência (no contexto da fé
cristã) da Graça de Jesus de Nazaré e, isso deve ser suficiente para sermos
alguém melhor nas diversas funções e ou identidades que assumimos na caminhada.
Honestamente, penso que
muitas vezes a fé está sendo vivida por muitos de maneira “infantilizada”. O
problema não é “ser criança” (dependente dos seus responsáveis), mas, não
perceber que já chegou à hora de cuidar e se tornar responsável por outr@s, “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como
menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as
coisas de menino” (I Cor. 13.11).
O problema é jogar nas mãos de Deus o que é
responsabilidade nossa! Estou cansado!
Se Deus é apenas uma
palavra em sua boca, nunca será o dedo dEle na história.
Há
Braços
Cláudio
Márcio[1]