Por: Cláudio Márcio R. da Silva
Após um bom
tempo com a Igreja de portas fechadas devido a essa terrível pandemia da
COVID-19 que já ceifou aproximadamente 600 mil vidas em solo brasileiro, aqui
estamos reunidos(as) para agradecer o dom da vida e lamentar por todos(as) que
fizeram essa travessia (de modo antecipado em muitos casos).
É um tempo
difícil e bastante confuso esse. Como sugere Belchior em uma de suas canções “tenho
sangrado demais – tenho chorado pra cachorro”. Andar com fé e coragem é o
desafio constante em busca de feijão no prato e vacina no braço. Em meio ao
choro que insiste em acontecer cotidianamente, sabemos em quem temos crido, ou
seja, não estamos sozinhos(as). Jesus de Nazaré nos acolhe como crianças que
recebe dengo, beijo na testa e carinho.
De modo
virtual estávamos tentando amenizar a saudade e buscamos fortalecimento
permanente através de orações, telefonemas e uso de muita tecnologia.
Retornamos com
calma e muito cuidado. É preciso responsabilidade neste (re)começo. Uma coisa é
certa: até aqui nos ajudou o Senhor! E nos ajudou com qual objetivo? Ora, não
tenha dúvidas, é para a espiritualidade diaconal. É para participarmos do
mutirão da defesa da vida que é ameaçada em cada esquina da cidade.
Irmãos e
irmãs, que alegria (re)encontrar vocês aqui. Que sejamos sensíveis a voz do
Espírito Santo que nos leva para humanização, para o respeito ao próximo e para
compreendermos que servir a Jesus de Nazaré é muito mais do que frequentar o
templo. Seja aonde e como for, seja uma bênção servindo alguém.