Por: Cláudio
Márcio[1]
Trago na memória
algumas marcas que João Dias e Ithamar Bueno deixaram em minha vida. Sim! Não
quero sinalizar neste texto a relevância deste casal para o protestantismo
brasileiro, nem sua participação em prol da ampliação de diálogos ecumênicos e,
ainda, a luta pelos direitos da terra e de justiça social. Penso que essas questões
foram bem apontadas por muitos (as) que os cercavam.
Gostaria apenas, de
expressar minha gratidão ao humano que encontrei no caminho... Sim! Eu e Jussi
participamos um pouco na vida desse casal e, confesso: saudade de almoçar
juntos, beber café e ou vinho, trazê-los para IPU em Muritiba-Ba, debater
durante a viagem e, escutar suas respostas-aulas às minhas inquietações. Confesso:
saudade daquela biblioteca em sua residência que, algumas vezes, visitei...
Lembro quando falei de
minha aprovação em Ciências Sociais na UFRB, lembro quando contei para ele que
tinha sido aprovado no mestrado (também) na UFRB... Seu rosto (por vezes sério)
sorria a parabenizar-me.
Lembro de Ithamar
sorrindo e dizendo o quanto ela e João gostavam de mim e Jussi. Bem, escrever
esse texto não é fácil... o "coração ainda dói" e, quando vou em
Feira de Santana, não tem como não lembrar deles.
De qualquer maneira,
encontrei neste casal um acolhimento tão honesto, tão humano que provocou novos
sentidos na vida. Estou na IPU e, acredito ser sopro do Espírito através
(principalmente) deste casal. Por tudo isso, sou grato! Fui honesto com João
Dias em muitas inquietações que tiravam meu sono. Percebo hoje que muitas eram
dele também, outras, só diziam respeito a mim.
Ora, tive a
oportunidade de conhecer o símbolo-mito João Dias, mas, junto a isso, o
humano... pena João e Ithamar que não levarei mas vocês para comprar um sapato-sandália
para esses pés que andaram por tantos chãos...
Contudo, tenho certeza
que meus passos movidos por tuas e minhas inquietações, tocam o chão em diálogo
com o povo, com as baianidades e brasilidades... Muito obrigado João Dias,
pois, vejo o Cristo (também) no meio da feira, nos sindicatos, nas praças e
esquinas, nas rodas de capoeira... no samba de roda e no reggae do Recôncavo
baiano.
Só tenho duas palavras: que privilégio!
ResponderExcluirAbraços, Kau !!!
Paulo