Por: Cláudio
Márcio[1]
O ministério pastoral
(assim como diversas atividades de liderança) é marcado por experiências
sensoriais múltiplas cotidianamente. Em aproximadamente um mês nossa comunidade
de fé (IPU de Muritiba) tenta seguir os passos. Nem sempre é fácil! Lutamos
junto com uma família pela vida, todavia, diante dos desígnios de Deus (que não
entendemos) ele chamou sua serva para seu colo e, honestamente, nossa esperança
é a ressurreição. Ainda dói bastante lembrar este processo... Se não fosse o
suficiente, outra família da igreja ficou enlutada e temos alguns doentes.
Insisto: não é fácil consolar e encorajar quando também nos encontramos extremamente
fragilizados.
Neste processo de ir
seguindo a vida com fé-coragem, realizamos uma semana de oração que muito nos
fortaleceu. Estamos em comunhão e nossa comunidade tem percebido a grandeza da
espiritualidade do afeto, do cuidado e do toque. Entretanto, entre a alegria e
a dor, há perguntas interessantes a serem feitas: o que efetivamente é
importante em nossa vida hoje? Corre-se
tanto com qual finalidade? As escolhas que tenho feito na jornada são as
melhores para mim?
Confesso que gostaria de ficar um pouco mais
com minha linda esposa. Ficar um pouco mais com meus livros. Pensar mais em mim
sabe? Sou apaixonado por ser líder religioso e ou professor. Entretanto, essa espiritualidade
diaconal precisa dar as mãos à dimensão do lazer. É preciso e possível uma
experiência mais leve e cheia de encantamento, não?
São tantos prazos e
agendas que, se pudesse, “tocaria fogo na agenda”. Sim, apenas uma piscina… ao
som de Cartola. Na realidade, suspeito que preciso cuidar de mim. Tem dias que
nós (líderes) também precisamos de “águas tranquilas e pastos verdejantes”.
Hoje escrevo para mim, pois, escrever também cura.
Amanhã será outro dia.
Amanhã será “o mesmo do diverso”. Eu continuarei sendo o “mesmo-outro”. Sigo em
teimosia diante da vida, uma vez que, acredito na sua força e na possibilidade
de reinvenção. Em outras palavras: é preciso reimaginar. Logo, somos convidados
a “avivar as forças da memória” e seguir em frente. “Temos dois pés para cruzar
a ponte”, ainda temos uma jornada diante de nós, então, “acorde, levante e
lute”. Amém!
O bom de se reconhecer "humano" é que podemos externar as características físicas e mental dessa humanidade. Coisas boas, ruins, necessárias. Gostei do texto.
ResponderExcluirVerdade, amiga. Sigamos juntos a Jesus de Nazaré.Avante! Fé, luta,justiça, poesia-lazer.
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