Por: Cláudio
Márcio[1]
Corpo negro no chão
Furado de bala ou facão
Qual diferença para mãe que chora?
Marcas na pele e na alma, não?
Correntes da imaginação: a quem interessa a memória APENAS de povos
que foram escravizados?
Racismo estrutural com tom de “harmonia social”.
Corpo negro no chão
Furado de bala ou canhão
Qual diferença faz?
Colonização-cristianização: corpo negro na fazenda, na favela e na
periferia.
Dor no peito e lágrimas nos olhos
Chegou a hora irmão de reinventar-se,
Chegou a hora irmã de multiplicar-se.
Resistir como os ancestrais.
Além da enxada, do berimbau, do cavaquinho e do pandeiro.
Usa o caderno e a caneta como emancipação.
Sinta o reggae trazer uma nova vibração
Corpo negro em ressurreição não suporta mais o chão.
De pé, com fé na luta e na missão.
Reescrevendo a história da descolonização.
No chão agora só as sementes da transformação.
Tem brotado e chegará o dia da redenção.
Parabéns, Cacau!! Seus textos, como sempre, de um sensibilidade ímpar!! Leituras muito enriquecedoras! Obrigada por compartilhar comigo.👏👏👏👏👏👏😘
ResponderExcluirObrigado, amiga. Sigamos juntos pela justiça social...
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