Entrevista concedida ao TEOLOGANDO NA SERRA sobre os
40 anos da IPU...
Sinalize
um pouco sobre sua vida, isso é: nome, formação, profissão e o que mais lhe for
necessário.
Sou Queila Patrícia
Pereira de Jesus; tenho 25 anos e moro em Muritiba/BA, cidade onde “fui nascida
e criada”. Sou Assistente Social formada pela Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia (UFRB), e mestre em Serviço Social pela Universidade Federal de
Sergipe (UFS).
Há
quanto tempo você conhece a IPU? Como ocorreu esse contato?
Cresci em uma Igreja vinculada
ao ministério Batista, com características bem distintas da IPU. Conheço a IPU
de “ouvir falar” há muitos anos. Confesso que carregava ideias preconcebidas em
relação à instituição IPU, as quais foram sendo desconstruídas a partir das leituras
de textos do Rev. Cláudio (neste blog) e idas esporádicas aos cultos. Após
alguns desencantos com a perspectiva teológica que orienta o “meio evangélico”
no qual eu estava inserida, tomei a decisão de vincular-me à IPU (no primeiro
semestre deste ano – 2018). Meu desejo era fazer parte de uma Igreja
comprometida com a justiça social; com as demandas dos oprimidos. Estava à
procura de uma espiritualidade libertadora.
Qual
a contribuição da IPU para o protestantismo brasileiro?
A IPU possui um
conteúdo claramente político em sua formação que, em especial, encontra-se
expresso no Manifesto de Atibaia e no Pronunciamento Social de 1978. Nesse
sentido, acredito que uma das maiores contribuições da IPU para o
protestantismo brasileiro é a afirmação/concretização da união indissociável
entre fé e luta. Além disso, mantêm-se uma postura de valorização e respeito
“ao outro”, que afirma uma identidade cristã e ecumênica.
Quais
as maiores dificuldades da IPU para os próximos anos?
Acredito que uma das dificuldades é
manter as dimensões de denúncia e anúncio, como o Rev. Cláudio aponta de forma
contínua em suas reflexões em nossa Igreja local. A IPU é uma instituição
aberta ao diálogo; atenta às demandas sociais (dos oprimidos); mantém uma postura
crítica frente às amarras do fundamentalismo religioso; entre outros aspectos.
Portanto, é presente um caráter de denúncia. Entretanto, precisamos (de modo
contínuo) construir estratégias de anúncio da espiritualidade libertadora; de
um “Deus que é leve e ri”.
Outro
desafio é o investimento em estratégias pedagógicas que estimulem a “identidade
IPU” em nossas crianças e adolescentes. Desse modo, estaremos cuidando de nosso
futuro e preservando a essência.
Sinalize
encantos e desencantos da IPU.
A democratização dos
espaços na Igreja é um elemento que se revela na comunidade IPU. Digo isso
porque é notável o protagonismo das mulheres em sua construção. Nos Princípios
de Fé e Ordem, por exemplo, A IPU adota e reconhece sem qualquer sentido de hierarquia e sem distinção de sexo, raça e
origem social os seguintes ministérios decorrentes do chamado de Deus:
pastor(a); presbítero(a); diaconisa e diácono.
Nessa perspectiva, um
dos aspectos que me encantam de modo especial na IPU são as propostas de resgate
da figura feminina na Reforma Protestante, na Bíblia e na vida cotidiana (como
em outras denominações).
Penso
que os demais encantos já foram sinalizados. Para finalizar, desejo que sejamos
valentes para enfrentar os desafios em uma sociedade complexa e dinâmica. Que o
vento do Espírito sopre em nós!
E de grande importância essa entrevista, dando a as respostas com grande coerência cristã. Vai firme rev. Cláudio,
ResponderExcluirValeu, Rev Dagoberto.
ExcluirEstamos juntos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente!! Belo exemplo!! Deus abençoe!!
ResponderExcluirEstamos juntos, parceiro.
ExcluirAvante😉
Maravilhoso! Isso aí minha irmã!
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