“Não sei por que você se foi, quantas saudades eu senti. E de tristeza
vou viver e aquele adeus não pude dar” (Tim Maia)
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em
mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá
eternamente. Você crê nisso?” (João 11: 25-26)
Ó Deus, camarada que caminha ao meu lado ombro
a ombro. Bendito seja seu nome nesta manhã que criaste.
Ó Mistério que recria meu olhar, tenha piedade
de mim. Esses dias sofri a perda de um amigo de maneira confusa e extremamente
dolorosa.
Ah, Senhor. O que de fato ocorreu?
Como a família encontrará forças? Nós seus amigos estamos completamente
aniquilados.
Sei que em breve a vida irá sorrir novamente.
Os pássaros cantarão as mais lindas canções. As rosas perfumarão o caminho e
tudo seguirá seu rumo. Sim e não, eu sei Senhor. Nada será do mesmo jeito,
pois, tudo mudou.
Preciso de sua ajuda
Deus. Venha me socorrer! Limpa as
lágrimas do meu rosto.
Será difícil me acostumar com a ausência de
quem em tudo se faz presente. Cada refeição partilhada com aquele lugar vazio
na mesa.
Ó Deus, há uma lacuna existencial. Como
preencher?
Evidentemente que o rito fúnebre é cultural e
histórico, assim, a partir da fé cristã me acalmo com a fé na ressurreição, uma
vez que, de algum modo, suspeito que a vida é mais forte que a morte.
Viverei de forma processual ressignificando o
olhar, as emoções e a vida. Parado não posso ficar. Deus é movimento que recria a
existência. Hoje não posso dançar ao som de sua flauta, todavia, um dia meu
corpo será festa.
(Prece feita em 09-01-19)
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