Estimadas irmãs e irmãos!
Graça e paz da parte de nosso
Senhor Jesus Cristo!
Vem livrar-me, ó Deus! Senhor, vem depressa em meu socorro Sl 70. 2 (1)
Mais uma vez nos dirigimos a vocês
em contexto de pandemia do COVID-19, este inimigo invisível que tem ceifado a
vida de milhares de pessoas em todo mundo e que está crescendo assustadoramente
também aqui no Brasil. Queremos reforçar a orientação de isolamento social e, na
medida do possível, de ficar em casa por amor à sua vida e à de outras pessoas.
No momento atual do Brasil, com todo o desmando da maior autoridade do país,
ficar em casa é um ato político de desobediência civil diante de um dirigente
que não tem empatia nem sensibilidade com a morte de milhares de
brasileiros/as. Queremos reafirmar o nosso compromisso de manter as celebrações
de modo virtual. A suspensão das celebrações em templos é uma afirmação da
nossa fé: Deus vem ao nosso encontro ali
onde invocamos a sua presença. Portanto: Se puder, fique em casa! No entanto, queremos fazer um alerta para este
“ficar em casa”.
Para algumas mulheres, a casa não
é um espaço seguro; a violência doméstica tem aumentado significativamente em
escala mundial. A ONU fala em “horrível
aumento global da violência doméstica”. O Brasil não é exceção; também aqui os
dados apontam para o crescimento dessa violência. Nesse momento de quarentena,
famílias passam o dia todo no mesmo ambiente, em uma convivência forçada que
pode exacerbar tensões. Já vinha
acontecendo um desmonte no âmbito das políticas públicas de proteção às
mulheres. Agora, o momento se agrava, porque os profissionais de saúde e a polícia
estão sobrecarregados e com falta de pessoal; além disso, os grupos de apoio
locais estão paralisados ou com pouco dinheiro. Alguns abrigos para vítimas
de violência doméstica estão fechados; outros estão lotados.
Por tudo isso, exortamos as pessoas
que professam a fé no Deus amoroso e misericordioso, que nos conclama a amarmos
uns aos outros/ umas às outras, a não esquecerem que todas as pessoas são
criadas à imagem e semelhança de Deus e que, por isso, toda prática humana de
violência configura pecado contra Deus!
Conclamamos, pois:
Ø as mulheres e meninas que
estiverem sob ameaça ou sofrendo qualquer tipo de violência a que nos procurem.
Estaremos atentos/a para ajudá-la no que for preciso. Vocês estão em casa, mas
não estão sós!
Ø os homens a abandonarem práticas
machistas e patriarcais que oprimem, ameaçam e causam dor e sofrimento às
mulheres. Se necessitarem de oportunidade de diálogo e aconselhamento, não
hesitem em procurar apoio pastoral;
Ø à partilha das tarefas domésticas.
Reafirmamos que não existe “trabalho de homem e de mulher”; podemos muito bem fazer
as tarefas domésticas em conjunto, homens e mulheres; as mulheres não precisam
ser sobrecarregadas;
Ø todos e todas a assumirem o
cuidado com pessoas idosas e crianças. Lembramos que o cuidado com a família
não é responsabilidade somente das mulheres;
Ø todas as famílias a estarem
atentas a pedidos de ajuda que venham da casa de vizinhas, amigas ou
familiares. Como comunidade cristã
podemos ajudar ou buscar ajuda em lugares específicos como: Disque 100. Em Salvador,
temos a ONG TAMOJUNTAS https://www.facebook.com/tamojuntas/ e O MUPPS- Mulheres, Políticas Públicas e Sociedade, que estão disponíveis para ajudar (Pastora e
Bacharel em Direito Drª Bianca Daebs, fone: 99677-0589)
Ø a não ter medo de meter a colher
quando uma mulher está sofrendo e precisando de ajuda.
Em meio a esta realidade de
sofrimento, silenciar significa ser conivente com a violência e a injustiça. O
amor de Deus exige que cuidemos e zelemos pelo bem-estar das pessoas. Especialmente
neste momento de isolamento social, precisamos ser a voz que consola, o afeto
que acolhe e o abraço que afirma que todas as vidas importam!
Que o Deus da esperança nos encha
de completa alegria e paz na fé, para que transbordemos de esperança, pela
força do Espírito Santo” (Romanos 15,13)
#QuemPuderFiqueEmCasa
#CasaespaçoSagradoeSeguroParatodas
Rev. Alexandre de Jesus – 79 99161-2244
Rev. Dagoberto Santos- 71 99118-2719
Rev. Claudio Márcio- 75 99163-4883
Presb. José Augusto Amorim- 71
98446-3773
Rev. Luís Pereira- 77 99111-8207
Revda. Makiko Koinuma- 71 99105-5322
Rev. Nelson Kilpp- 71 99956-2513
Rev. Percílio Bispo da Silva- 71
98506-9263
Rev.
Rômulo Magalhães- 71 99359-9126
Revda. Sônia Mota 71 99916-1325
Rev. Vítor Sousa- 71 9196-6870
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