Por: Alexandre de
Jesus dos Prazeres[1]
Deus, há muitas coisas que não entendo,
mas Tu és conhecimento pleno, luz que ilumina nossa existência.
Deus, a minha falta de entendimento me
enche de temor, o que fazer? Como discernir a Tua vontade em meio aos
acontecimentos da atual existência?
Deus, não quero fazer de Ti projeção dos
meus preconceitos, ou da minha noção de mundo melhor. Temo ser instrumento do
Mau, principalmente desejando fazer o bem.
Deus, não quero fazer ecoar através de Ti
a minha interpretação da realidade para que eu possa propagar os meus próprios
pensamentos como se fossem a Tua Palavra.
E agindo assim, eu obrigue os meus irmãos e irmãs a concordarem comigo
como se estivessem sendo obrigados por Ti.
Ó Deus, que eu não caia na tentação de Te
usar para silenciar os outros, ter poder sobre mentes e corpos.
Deus, sinto a presença do Mau no mundo, em
muitas ocasiões em meus próprios anseios e ações, mesmo nos que julgo bem
intencionados. Percebo o Mau sob muitas faces, e algumas delas são confundidas
contigo, ó Deus!
O mundo está repleto de intérpretes da Tua
vontade. Dos que expõem suas interpretações condicionadas e relativas como se
fossem incondicionadas e absolutas. Exaltam o que é terreno e temporal á
condição de celestial e eterno. Ó Deus, como se enchem de certezas! E em nome
destas matam e morrem! Torturam, atormentam consciências, enchem corações de
angústias e culpas, cegam a tal ponto de não permitirem que Tu sejas visto.
Mostram suas próprias faces como se fossem a Tua face, ó Deus.
Sei que estás presente em toda parte, mas
em quantas ocasiões não Te notamos?! Tu falas, mas não Te escutamos.
Ensina-nos, porém não Te compreendemos. Moves o mundo todo para nos fazer
entender noções profundas, todavia não conseguimos enxergar além do aparente,
da concretude dos acontecimentos. Como é difícil para nós transcender!
Estamos
imersos em tumulto e barulho. É preciso silenciar! Aquietar-se e saber que Tu
és Deus. Como amamos ouvir as nossas próprias vozes! Falamos, falamos e falamos
até não sabermos mais quem disse o quê. Fostes Tu, ó Deus, quem falou? Ou fomos
nós? Ajuda-nos a discernir, oramos em nome de Jesus. Amém.
O texto é rico em palavras! Mas, eu Quando lia o texto, eu me perguntava: em qual era o Deus que ele se reportava? Porque me todas as palavras "Deus" que ele falava, não deu nenhuma declaração ou informação se era para o Deus Já vê (Yawéh), o Criador de todas as coisas.
ResponderExcluirQuando o Rev e autor do texto afirma: "Sei que estás presente em toda parte, mas em quantas ocasiões não Te notamos?!" , aí sim , foi que eu percebi que ele estava falando do Deus Soberano o Onipresente! Parabéns! Esse texto, nós trás provocações pertinentes em meio ao momento que passamos.
Isso! Diante do Mistério o silêncio e uma tentativa de falar sobre.
ExcluirQue no meio das polifonias, saibamos escutar a Voz que nos chama pra o mutirão do Reino.
Sigamos!