sábado, 18 de maio de 2024

REGGAE | CORAGEM PARA SEGUIR...


 Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva 

Cantamos ao Deus da criação 

Nosso corpo dança em adoração 

Nossa fé aponta a direção 

Vai chegar o dia da redenção 


[ coro]

Deus de amor vem nos visitar 

Deus de amor vem nos ajudar 

Deus de amor vem nos restaurar 

Deus de amor vem nos animar 


Temos coragem para seguir 

Nada vai nos impedir 

Vamos conseguir, vamos conseguir 

Chegou o tempo de sorrir

sábado, 30 de dezembro de 2023

UMA NOVA MUDANÇA EM BREVE VAI ACONTECER...


Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva 

 Ó Deus, aqui estou para te agradecer por mais um ano. Experimentei dias difíceis. Chorei, tive medo, fiquei inseguro. Perdi pessoas importantes na caminhada. Confesso que mesmo com o sol raiando, nem sempre vejo beleza e esperança.

Ó Deus, aqui estou para te agradecer por mais um ano. Em tudo que vivi, sabia que não estava só. Sua voz ora suave e ora potente me dizia: estou com você! Isso tudo vai passar. Acreditei e, por  isso, estou aqui.

Ó Deus, aqui estou para te agradecer por mais um ano. Fiz novas amizades, acolhi pessoas, cantei, dancei e reorganizei as emoções. Fui com fé e coragem para o mutirão da fraternidade e da justiça.

Ó Deus, aqui estou para interceder por um novo ano. Que meu comportamento seja melhor. Que meu olhar seja mais sensível em busca de beleza e poesia. Que meus braços sejam capazes de oferecer mais abraços.

Ó Deus, aqui estou para interceder por mais um ano. Que meu coração seja capaz de amar sem julgamentos. Que meus pés não se afastem do caminho da paz e da fraternidade. Que minhas mãos derrubem muros de inimizades e construam pontes da comunhão. 

Amém!



sábado, 14 de outubro de 2023

Deixai vir a mim os pequeninos...

 

Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus" (Lucas 18:16)

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1]

Temos muito a apreender com o pedagogo Jesus de Nazaré. A capacidade de escuta interessada, a empatia, o uso de imagens do cotidiano das pessoas, a transformação da realidade, o acolhimento sem distinção, os vários lugares dos saberes, a humildade de ser ensinado por outro, enfim.

Cada um(a) tem na memória um(a) professor(a) que marcou a sua maneira de ver o mundo, pois, acreditou em nosso potencial e nos sugeriu um caminho possível de caminhar. Desta maneira, para além do letramento formal, me refiro também a quem nos educou na informalidade.

sábado, 7 de outubro de 2023

ANDAR COM FÉ EU VOU...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1] 

            Fé no avivamento da memória

             Fé na ancestralidade

             Fé no matriarcado

             Fé nos povos indígenas

             Fé na juventude negra

             Fé nas sementes crioulas

             Fé nas comunidades quilombolas

AFIRMAÇÃO DE FÉ...

 

Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva[1] 

Creio em Ti e sei que me amas Deus da compaixão

Creio em Ti que escutas minha voz e aponta a direção

Creio em Ti que enxuga minhas lágrimas e me toma pela mão

Creio em Ti que habitas as profundezas do mar e sua imensidão

Creio em Ti que seguras minha mão e me convidas para o mutirão

Creio em Ti que me ergues e me faz avançar na comunhão

Creio em Ti mistério profundo que me trouxe a salvação

Creio em Ti e me chamas para colaboração

Creio em Ti e no projeto da redenção

Creio em Ti e na ressurreição




[1] Reverendo da Igreja Presbiteriana Unida de Muritiba-BA.

domingo, 1 de outubro de 2023

O DESAFIO DE CUIDAR...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1] 

            Nosso cotidiano é marcado por incertezas, por medos, por angústias que parecem não ter fim. Como sugere Tom Zé “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Desta maneira, choramos, nos chateamos, ficamos decepcionados, nos cansamos no caminho e, por vezes, é muito difícil fazer o mutirão do esperançar.

            Corremos tanto e em tantos lugares parece que não conseguimos efetivamente se fazer presente com atenção no olhar e no ouvir. Vivemos, por vezes, no automático e suspeito que seja necessário repensar ações para não adoecermos.

domingo, 24 de setembro de 2023

ASSUMIR A COLABORAÇÃO E ABANDONAR A COMPETIÇÃO...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1] 

Ó Deus, este é o dia que fizeste e tua misericórdia se renovou. “Abro a porta e a janela e vejo o sol nascer”. Ó Deus, conheces minha vida e meus desejos, “és brasileiro e andas do meu lado”.

Ó Deus, sei que me amaste primeiro, assim, também vou “amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Ó Deus, ofereço minha jornada na crença que a “vida é boa e de que a beleza vence o mal”.

domingo, 17 de setembro de 2023

A REBELIÃO DO PERDÃO...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1] 

Quando assumimos o projeto de Jesus de Nazaré, nos abrimos para uma espiritualidade profunda enraizada nos humanos e em suas múltiplas maneiras de existir, pois, o verbo se fez carne e habitou entre nós, ou seja, Deus se humanizou e veio ao nosso encontro para nos salvar, perdoar e libertar do cativeiro do pecado e da morte.

Cremos que o projeto de Jesus de Nazaré é de vida com plenitude para quem necessita, uma vez que, o perdão e a misericórdia é algo central nos Evangelhos, todavia, por vezes, infelizmente, muitas igrejas escolhem e assumem um projeto de poder, de controle e de morte.

sábado, 8 de abril de 2023

AFIRMAÇÃO DE FÉ – ELE VIVE!

 Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva 

Afirmo neste dia que meus sonhos mais belos são resgatados 

Avivo a memória para que meus pés não se desviem do caminho da justiça  

Declaro com alegria e esperança de que um dia todo muro da divisão será derrubado 

Creio que amorosidade cantará com força como os pássaros matinais  

Na mesa não faltará alimento e os campos estarão floridos  

Os rios brotarão vida e o nosso riso será bobo como numa tarde samba 

Vamos dançar e não vamos nos cansar 

 Olharemos nos olhos de alguém e nunca teremos dúvidas que somos irmanados  

Acredito no sepultamento da distopia e na ressurreição da afetividade  

Todo corpo será sagrado  

Ninguém mais sofrerá pela cor da pele, da nacionalidade, do gênero, da sexualidade ou classe social 

Todo caos será reorganizado em um grande jardim 

Fica decretado que chegou o dia da redenção 

Esse é o perfume da ressurreição 

Levanta a cabeça e anda que o sol já vem chegando 




quinta-feira, 6 de abril de 2023

Quando a dor nos ensina ...


Ninguém em sã consciência vai dizer que gostaria de sentir dor. Mas a vida nos traz dores, seja na primeira queda de bicicleta, ou na primeira decepção amorosa. O fato é que a dor, ou um momento de dor, nos faz enxergar um novo mundo. Estou vivendo a dor.

Durante o período de três dias, recentes, fiquei no corredor da emergência do Hospital Regional de Irecê aqui na Bahia. Sofri e chorei pela minha dor, mas observei e senti a dor de outras pessoas.

Eu nunca me imaginei em tal situação, porque, como diz uma amiga, "corredores com pessoas doentes em macas não deveriam existir no hospital".  Mas eles existem! 

Nesse corredor eu vi um  jovem, que sofreu um acidente de moto por estar embriagado, sentindo dor em cima da maca. Eu ouvi sua promessa ao dizer que se tornaria pastor se tudo ficasse bem. Eu vi um pai, que parecia nunca ter entrado em um hospital, cuidar do seu jovem filho. Vi uma família se revezando e cuidando com amor do seu pai, marido e irmão.

Entre a quinta-feira e a sexta-feira, até às 21 horas, eu estive sozinha. Foi tudo muito rápido entre a internação na emergência em Tapiramutá e a regulação para Irecê, duas cidades do interior da Bahia. Rápido e muito desespera(dor). 

Mas o mundo novo começou a surgir diante de mim quando eu vi uma amiga mobilizando sua irmã para me ver, ao saber que eu estava aqui sozinha. Vi outra amiga de infância  contactando com sua amiga da faculdade, coincidentemente enfermeira nesse mesmo hospital. Uma mobilização para que houvesse uma visita.  Ela veio, e foi o primeiro rosto não conhecido que eu vi. Ela me abraçou. Eu segurei as lágrimas e senti Deus naquilo.

A dor que estou vivendo mobilizou minha irmã, tão caseira, a viajar mais de 400km para me ver e cuidar das minhas tarefas. A mesma dor tirou minha amiga do feriado sagrado para vir ficar comigo no hospital e cuidar de mim nos dias que mais estive vulnerável, física e emocionalmente.

A dor mobilizou alguns amigos e amigas de caminhada na oração e na ação concreta do serviço cristão ao perguntarem o que de concreto eu estava precisando: dinheiro? suporte? contatos? A dor impulsionou uma amiga a movimentar outros amigos, como numa corrente, a  antecipar, em uma clínica da rede privada, um exame que só teria vaga 25 dias depois. 

Essa dor me despedaçou, porque, dores despedaçam  a gente, mas a verdade é que a mesma dor nos faz repensar e ter um olhar diferente da vida e da vocação.

Todos nós já passamos e naturalmente vamos passar por momentos de dores, cada um de nós à sua maneira. E desses momentos teremos, claro, experiências e lições diferentes. Eu, por exemplo, pude notar que a amorosidade divina é presença presente nesses momentos, e que Deus, como mãe que cuida e acalenta, realmente nunca me deixou sozinha. 

ELA, Deus, providencia amparo, conforto e faz grandes coisas. Ela providenciou lugar seguro para meu filho até que minha irmã chegasse. Ela, Deus, providenciou uma pessoa estranha que me abraçou como se eu fosse da família. E a pessoa, até então, estranha ao me perguntar sobre trabalho e ouvir dizer que eu era pastora,  disse para mim:  "a gente sente paz quando olha pra você". Eu me espantei: "Como? Você me abraçou enquanto eu estava desesperada". "Quem ficaria sozinha com serenidade em um lugar como esse", ela disse, "se não tivesse convicção da presença de Deus?". Bom, ela não sabia o quanto na verdade eu estava desesperada,  fazendo ligações, pedindo orações, mesmo tendo fé em Deus!

Ela, Deus, foi que providenciou amigos e amigas com ações concretas! Ela providenciou alguém para cuidar de mim aqui dentro, alguém que veio e disse: "só saio do hospital junto contigo". Uma amiga mais que especial.

Ela, Deus, providenciou amor de todas as formas e todas as maneiras. A dor nos ensina o valor da família, da parceria ministerial, das verdadeiras amizades e do verdadeiro cristianismo.

Que a Trindade nos livre dos dias de aflição e que nos envie amparo para lidarmos com as dores que inevitavelmente surgirão.

Rev. Gabriela Santos
Bacharel em Teologia 
Licenciada em Filosofia 
Pastora da Igreja Presbiteriana Unida na congregação de Tapiramutá-Chapada.


P.S.: É... parece que às vezes um bucadinho de dor ( bucadinhooooooo com cara de tantão), nos ensina mais que os livros. Dor pedagógica. Ainda continuo hospitalizada e termino esse texto com dor.