Por: Cláudio
Márcio[1]
“Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior é o amor”
(1
Cor. 13.13).
Há uma canção da banda
de Reggae Ponto de Equilíbrio que sugere que devemos estar “armados com a cura
e o amor\ regue a vida com mais amor”. Achei extremamente pertinente essa
perspectiva por duas razões. A primeira diz respeito aos discursos de ódio no
campo da religião e da política em solo brasileiro, o qual tem se acirrado
gerando feridas múltiplas em diversos sujeitos sociais, isto é, a capacidade de
alteridade e busca de diálogo tem (por vezes) se fragilizado como se o OUTRO
fosse um “inimigo a ser eliminado”. Já a segunda razão refere-se a um estímulo
externo, haja vista que acabo de ler a Autobiografia de Martin Luther King
organizado por Clayborne Carson.
Ora, escutei esses dias
meu amigo o presbítero-seminarista Júnior Amorim dizer: “a armadura de Golias
não serve para Davi”. É verdade! Qual tem sido nossa armadura? Não
estou falando de “batalha espiritual” e ou “soldados de Cristo” na maioria das
vezes promovido por neopentecostais perante grupos do campo religioso
afro-brasileiro[2]. O que é lamentável e
inadmissível! Suspeito que é preciso aprender a sentar-se à mesa da partilha,
da solidariedade, do respeito mútuo, uma vez que, o OUTRO (também) sou EU.
Confesso que uma das coisas
que mais me chamaram a atenção na leitura da autobiografia supracitada foi a
não figura heróica e poderosa, mas, a humana cheia de limitações. Perceber nas cartas
de Martin Luther King, os medos, as indecisões, as frustrações, as decisões
equivocadas... O que estou dizendo é que em meio ao “mar furioso” do racismo
americano foi possível contribuir de maneira relevante para construção dos
direitos civis dos negros (as).
Temos desafios incontáveis na
família, na política, no trabalho e, não menos, na comunidade de fé. Qual
será nossa armadura hoje? Seremos capazes de perdoar mais uma vez?
Tentaremos outra vez reinventar a jornada? Irmãos e Irmãs que compõem as
igrejas locais do Presbitério do Salvador sejam fortes! Tenham coragem! É com
muita gratidão que agradecemos ao Senhor pelo que foi feito por muitas mãos...
É com gratidão que nos colocamos disponíveis ao serviço do Senhor desejando com
todas as nossas forças que a cura e o amor sejam efetivamente realidades em
nosso cotidiano. Como abaliza a oração de São Francisco: “onde houver ódio que
eu leve o amor”. Sim, a cura e o amor são dimensões revolucionárias. É com
Jesus de Nazaré que aprendemos a defender e celebrar a vida, logo, vos
aconselho irmãos e irmãs: “regue a vida com mais amor”.
Muito bom!!
ResponderExcluirObrigado, amigo! Sigamos juntos!
ExcluirBelo texto, amigo! Sigamos juntos regando e celebrando a vida com amor. Abraço.
ResponderExcluirAmém, Elias. Forte abraço!😉
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