Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1]
Quando
assumimos o projeto de Jesus de Nazaré, nos abrimos para uma espiritualidade
profunda enraizada nos humanos e em suas múltiplas maneiras de existir, pois, o
verbo se fez carne e habitou entre nós, ou seja, Deus se humanizou e veio ao
nosso encontro para nos salvar, perdoar e libertar do cativeiro do
pecado e da morte.
Cremos que o projeto de Jesus de Nazaré é de vida com plenitude para quem necessita, uma vez que, o perdão e a misericórdia é algo central nos Evangelhos, todavia, por vezes, infelizmente, muitas igrejas escolhem e assumem um projeto de poder, de controle e de morte.
É urgente
problematizar: o que querem essas igrejas? A quem servem? Para que servem? Como
sugere a canção de reggae do Recôncavo baiano de Sine Calmon: “esses homens não
se cansam do poder, nossas vidas nessas mãos o que vai acontecer”?
Bem, o
compromisso dos cristãos deve ser a fé prática, a coragem de servir, o desejo e
o desafio de amar, acolher, perdoar e cuidar de cada pessoa em
vulnerabilidade social clamando por justiça social e dignidade humana.
Assumir uma experiência com o Evangelho de
Jesus de Nazaré é não agir com indiferença diante dos injustiçados e
injustiçadas do campo e da cidade. Devemos ter fome e sede de justiça. Devemos
construir uma realidade nova em que a justiça seja símbolo de um ribeiro
impetuoso.
Com efeito,
cada discípulo e discípula de Jesus de Nazaré deve assumir o mutirão do Reino
de Deus salgando e iluminado este mundo, pois, o que estamos fazendo se somos
cristãos? Espero, honestamente, que sejamos movidos por utopia prática na
rebeldia do perdão para que a justiça e a paz possam se beijar.
[1] Reverendo da Igreja Presbiteriana
Unida de Muritiba-BA.
Justiça e paz hão de reinar e viva o amor!!
ResponderExcluirAssim seja!
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