quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A IPU COMO VOZ DE RESISTÊNCIA...


Qual a voz da IPU nesta polifonia evangélica brasileira? Quais as contribuições da IPU para o movimento ecumênico na América Latina?
Por: Raíssa Brasil[1]

No cenário religioso cristão brasileiro, mais especificamente no contexto evangélico, vários grupos se apresentam como detentores da única verdade e única interpretação das Escrituras. Reclamam para si a posse de verdades absolutas e tentam impô-las, não só para a igreja, mas para toda a sociedade brasileira. Em um contexto de intolerância diferente e, ao mesmo tempo, que muito remete ao período de ditadura em que surgiu a IPU, ela persiste em ser uma voz de resistência por se posicionar abertamente contra a injustiça e intolerância. Persiste em acreditar na justiça social como parte da justiça de Deus e é impulsionada a ser voz profética em um país em que muitos cristãos fazem coro ao ódio travestido de moral cristã.
 A IPU, ecumênica em sua formação, é ainda hoje firme em sua posição sobre ecumenismo, percebendo a importância dele e educando seus membros na compreensão de um corpo plural e diverso dentro da Igreja de Cristo. Contribuiu e contribui com a produção de conteúdo teológico ecumênico e atua fortemente junto a órgãos como o CONIC- Conselho Nacional de Igrejas Cristãs e CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviço. É também parte ativa de organismos de grande relevância no cenário latino americano e mundial ecumênicos: a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina, AIPRAL e Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas -CMIR-, em que ocupa uma cadeira de vice presidência.




[1] Vice-presidente para América Latina da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas- CMIR.

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