Qual a voz da IPU nesta polifonia
evangélica brasileira? Quais as contribuições da IPU para o movimento ecumênico
na América Latina?
Por: Raíssa Brasil[1]
No
cenário religioso cristão brasileiro, mais especificamente no contexto
evangélico, vários grupos se apresentam como detentores da única verdade e
única interpretação das Escrituras. Reclamam para si a posse de verdades
absolutas e tentam impô-las, não só para a igreja, mas para toda a sociedade
brasileira. Em um contexto de intolerância diferente e, ao mesmo tempo, que
muito remete ao período de ditadura em que surgiu a IPU, ela persiste em ser
uma voz de resistência por se posicionar abertamente contra a injustiça e
intolerância. Persiste em acreditar na justiça social como parte da justiça de
Deus e é impulsionada a ser voz profética em um país em que muitos cristãos
fazem coro ao ódio travestido de moral cristã.
A IPU, ecumênica em sua formação, é ainda hoje
firme em sua posição sobre ecumenismo, percebendo a importância dele e educando
seus membros na compreensão de um corpo plural e diverso dentro da Igreja de
Cristo. Contribuiu e contribui com a produção de conteúdo teológico ecumênico e
atua fortemente junto a órgãos como o CONIC- Conselho Nacional de Igrejas
Cristãs e CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviço. É também parte ativa de
organismos de grande relevância no cenário latino americano e mundial
ecumênicos: a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina,
AIPRAL e Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas -CMIR-, em que ocupa uma
cadeira de vice presidência.
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