Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva[1]
Tenho
sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano
passado eu morri mas esse ano eu não morro
(Belchior)
São
mais de 170 mil vidas ceifadas pelo COVID-19 restando apenas choro e
desesperança ao nosso redor. Parece que os pássaros matinais não cantam mais e
que as flores não embelezam e perfumam nossa estrada. Onde estão as borboletas?
Em nosso olhar é perceptível o medo e muitas dúvidas. O que e como fazer?
O que parecia ser um mês para ser resolvido (abril) numa primeira percepção
chegou até novembro. Como será o nosso Natal e o ano de 2021?
Quero contar uma pequena historinha para jogar um pouco de luz neste contexto caótico e tenebroso. Após uma vida bem vivida a velhice trouxe situações adversas e sofredoras. O que faz uma pessoa ao encontrar alguém que ama sofrendo? Isto é, em sua prece pede cura ou descanso para o doente? Quem tem ou vive perto de alguém num leito em casa ou num hospital sabe como é demasiadamente difícil(também) para quem cuida. Quem cuida de quem cuida?