“Eis que farei
coisa nova, que já desponta” (IS 43. 19)
Por: Cláudio Márcio[1]
Participar do 1º BAIANÃO
ECUMÊNICO[2],
06 a 08 de outubro de 2017, foi uma experiência bastante significativa. O
evento, organizado pelo Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC), buscou
fomentar o diálogo contra a intolerância religiosa bem como fortalecer a
convivência com o diferente, ou seja, garantir o direito à diversidade.
Como jovem reverendo da
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU) tenho muito a apreender. Livros,
vivências e paradigmas dentro e fora da IPU sinalizam, como bem sugere o
documentário produzido pela Faculdade Unida de Vitória-ES, O SONHO ECUMÊNICO baseado em desafios para se construir pontes em
detrimento de muros segregacionais.
Sim, ainda tenho
utopias! Aqui no território do Recôncavo da Bahia busco essa mesa da
fraternidade e da dignidade humana. Penso que é urgente combinar fé-ação em
favor da vida em sua multiplicidade. Suspeito ainda, que há inúmeras narrativas
ocultas (a CEBIC) é uma delas, que precisam brotar com força no cenário
religioso baiano como uma perspectiva contra-hegemônica, isto é, capaz de
promover nesta polifonia, uma voz justa, coerente, equânime e libertadora.
Sei
que existem os contrários ao ecumenismo. Mas hoje eu os pergunto: o que leram
sobre tal tema? Qual experiência de alteridade religiosa foi vivenciada por esses
sujeitos sociais? Na realidade, penso que muitos vivem espiritualidades
deslocadas da realidade social, logo, preferem discutir o “sexo dos anjos” e ou
responder questões que nunca foram feitas, pois, a ninguém interessam.
Entretanto,
a espiritualidade dialogal do CEBIC se propõe a “colocar o ouvido na boca do
povo”, assim, testemunho com alegria e sentindo-me desafiado por todo encontro
do Baianão Ecumênico. Aqueles e aquelas que investiram seu tempo e talentos
para realização do evento, muito obrigado. Sigamos na jornada!