Por: Cláudio Márcio[1]
Este final de semana
encontrei vida-esperança em Maceió. Sim! Um processo de reflexão que passa por
frentes como: movimentos sociais, conhecimento científico, questão de gênero,
movimento negro, linguagem de Libras, direito-diálogo-inclusão dos homossexuais
e, necessariamente, mística. Ora, mística aqui é entendida como encontro com o
Divino-humano no caminho da alteridade em busca de espiritualidade-engajada
para promoção da vida.
Neste sentido, como
cristão protestante, revendo-relendo a Bíblia em busca de esperança-solidária,
entendo que o Reino chegou! Assim, rememorando o Rev. João Dias na Conferência
do Nordeste em 1962, enfatizo a possibilidade da “revolução do Reino de Deus”.
Isto é, fé-prática que gera vida! Fé que não se reduz a religiosidade do
templo, mas, percebe no cotidiano a possibilidade de ser “dedo de Deus”!
Assim sendo, com uma “fé
amadurecida”, assumimos responsabilidades que são nossas no mundo. Logo, é
necessário, tomada de posição não como mero proselitismo, isto é, quem tira o
melhor selfie de Deus, porém, como homens e mulheres de fé, podem-devem contribuir
para construir outra realidade, uma vez que, como sinaliza Edson Gomes (cantor
de reggae do Recôncavo da Bahia), “a lua não é mais dos namorados, os velhos já
não curtem mais as praças”.
De fato,
refletindo com Mt 11:30: “ Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”,
percebo o quanto a religião pode ser pesada e, a manipulação dos seus símbolos
podem oprimir e escravizar. Entretanto, apenas a religião possui esta característica ? E a produção científica? Os
partidos políticos ? Também estes são pesados nos ombros e geram desencantos... a pergunta
então não é qual dessas esferas oprimem mais, mas, como esses espaços podem
produzir emancipações e leveza nos humanos?
Aqui, apenas agradeço
ao pastor Wellington Santos e a pastora Odja Barros, também suas filhas Andréa
Laís e Alana Barros (parceiras das Ciências Sociais). Grato pelo reencontro com
meu amigo Paulo Nascimento. Grato a cada irmão no congresso. Muito obrigado
Igreja Batista do Pinheiro pelo “gole de vida”!