sábado, 9 de setembro de 2017

ÉS DEUS (NÃO APENAS) DOS PATRIARCAS...

Por: Cláudio Márcio[1]
O Senhor é meu pastor e de nada tenho falta. Canto ao Teu nome por tua misericórdia e lembro-me de tua fidelidade ao deitar-me. És refúgio, fortaleza. És Deus de João Dias e Ithamar Bueno. És Deus de Sônia Mota e Nelson Kilpp. Ah, Pai-Mãe, És Deus de tantos “Josés e Marias” que vivem em resistência pelos centros e periferias deste chão chamado Brasil.
Sabemos que escutas o GRITO DOS EXCLUÍDOS, pois, teus filhos e filhas encontram em Ti razão para seguirem a jornada. Muitas são nossas aflições. Temos chorado bastante, todavia, percebemos teu cuidado e colo amoroso. Pai-Mãe, quando entenderemos que podemos ser mãos tuas no cotidiano? Até quando ficaremos (apenas) de joelhos em prece? Não chegou a hora de ficar de pé e lutar, irmão e irmã?
Deus bendito, obrigado por Te encontrar não isolado em templos. Te vejo nas ruas e praças da cidade. Te encontro no meio da feira popular e nos campos. Te vejo no meio de camponeses, dos quilombolas e dos povos indígenas em luta pela terra. Graças e louvores ao Deus da vida.
Que eu compreenda que além de teu filho, posso ser amigo e parceiro para construir uma sociedade cheia de justiça e paz. Realizo essa prece na crença da subversão e na ressurreição das utopias corpóreas, amém. Peço a Ti, Parceiro maior, que desperte em cada leitor(a) o desejo de perceber Tua voz inconfundível que pela fé nos diz: “não tenha medo. Estou com você. Ouço tua oração. Pego tua mão. Enxugo tuas lágrimas. Farei você sorrir novamente em breve, vamos?”.




[1]  Reverendo da IPU de Muritiba-BA.