domingo, 25 de dezembro de 2011

GRATO...

Grato pelo encontro com o Eterno, o Misterioso...;


Grato por lutar contra o jugo opressor da religião;


Grato por viver uma espiritualidade diferente (me faz mais humano...);


Grato por celebrar a vida a cada dia;


Grato pela fé e pela dúvida;


Sou grato pelo ar que respiro;


Pelo sol que brilha de dia;


A lua e as estrelas a noite;


Pelo canto dos pássaros;


Pelas lindas borboletas em pleno vôo;


Cada culto no lar, na Igreja;


Cada louvor cantado ao Soberano;


Cada texto sagrado lido no livro e na vida;


Sou grato por não ser anjo, sou humano;


Grato pelas limitações e superações;


Grato pelo riso e o choro;


Grato pelo acerto e erro;


Sou grato pela família biológica (Mãe e Pai, irmãs e irmão, cunhados (a), sobrinhos (a);


Grato pela minha querida esposa (sou seu fã!) VALEU MESMO CRIADOR! E toda sua família;


Pela família IPU em Muritiba, no nosso presbitério (PSVD) e a nacional;


Grato pelas vidas que encontro no caminho;


Pelas amizades construídas;


Sou grato pelo pão-nosso de cada dia;


Pelo livro de cada dia;


Pelo abraço de cada dia;


Pelo aperto de mão de cada dia;


Pelo sorriso de cada dia;


Pela resistência de cada dia;


Pela reflexão de cada dia;


Pelo reggae de cada dia;


Pela oração de cada dia;


Pela UFRB e evidentemente o curso de Ciências sociais;


Pelos companheiros de estudo diários (quanta sede de e do saber);


Grato pela minha orientadora do TCC (incentivos e puxões de orelha);


Grato por mais um Natal (Deus se fez menino!);


Grato por mais um texto para compartilhar com você que acompanha o TEOLOGANDO NA SERRA...


Desejo que tenha um ano de paz e que o Sopro do Espírito toque sua vida.


Muritiba- BA, dezembro de 2011


Cláudio Márcio

domingo, 4 de dezembro de 2011

Livro na mão, conversas e incertezas...

Uma das coisas boas da vida é poder relaxar ouvindo um bom reggae de Marley enquanto me ponho ao exercício da reflexão, da produção do conhecimento, da busca de mim mesmo, de poder parar um pouco nesta vida tão corrida e com tantos compromissos. Agora é sentir o som, a vibração, a energia, a espiritualidade, o encontro com o sagrado.


Assim, me coloco a pensar na minha existência, meus anseios, minhas limitações, minha relação de encanto e desencanto com o mundo, com a religião, com a educação, comigo mesmo e, percebo que isso me faz bem. Que os vários eus são conflituosos e também harmoniosos. Isto é, um não anula o outro, são complementares. Desta maneira, quem sou eu?


Quantas questões afligem o meu ser, meu Deus Pai-Mãe!


A dúvida, o desejo de viver o que não sei se viverei.


É um jogo! Preciso jogar! Preciso acreditar! Preciso de você!


Novas amizades, novos espaços e leituras onde um outro horizonte se abre diante de mim.


Velhos conflitos, que não sei se foram e ou serão resolvidos.


Quem sou? Quem és? Por que eu? Como?


Me olho no espelho e não me vejo lá,


Pego meu óculos na mesa e continuo a procurar,


Alguém tem uma lupa para emprestar?


Troco de roupa, de escova, de perfume...


Será que vou me encontrar?


Tua face fico a procurar...


Acordo cedo, durmo tarde e sempre a observar,


Na esperança que isso um dia vai melhorar,


A busca de mim, a busca de Ti, a busca do pão, a busca do irmão...


Me olho no espelho e para o meu espanto: quem tava lá?


Um Deus gordo, barbudo e fiquei a pensar: é possível meu Deus, não consigo enxergar?


Tirei o óculos, lavei e enxuguei o rosto...coloquei novamente o óculos e...


Ah sim, sou eu! Que loucura! Ainda pouco era o Senhor.


Continuo a procurar...


Oro, penso, escrevo, reflito, estudo,existo, questiono, recrio...


Penso ser bom tudo isso! A vida é dinâmica e misteriosa!


Há crises... Há encruzilhadas...


Em cada escolha conseqüências... Escolhemos?


Como discernir o que nos é imposto socialmente (estruturas, representações coletivas) de quando somos sujeitos históricos sociais. Isto é, não mais objetos?


Somos uma sociedade de indivíduos e indivíduos que são sociais. (Bonito o que aponta Norbert Elias) não é, Criador?


Não sei mais quem sou... Só sei que sou Teu!


Só sei que continuo te encontrando na face de homens e mulheres nas esquinas e ou praças.


Só sei que quero ser...


Muritiba/BA, Dezembro de 2011


Cláudio Márcio