domingo, 4 de dezembro de 2011

Livro na mão, conversas e incertezas...

Uma das coisas boas da vida é poder relaxar ouvindo um bom reggae de Marley enquanto me ponho ao exercício da reflexão, da produção do conhecimento, da busca de mim mesmo, de poder parar um pouco nesta vida tão corrida e com tantos compromissos. Agora é sentir o som, a vibração, a energia, a espiritualidade, o encontro com o sagrado.


Assim, me coloco a pensar na minha existência, meus anseios, minhas limitações, minha relação de encanto e desencanto com o mundo, com a religião, com a educação, comigo mesmo e, percebo que isso me faz bem. Que os vários eus são conflituosos e também harmoniosos. Isto é, um não anula o outro, são complementares. Desta maneira, quem sou eu?


Quantas questões afligem o meu ser, meu Deus Pai-Mãe!


A dúvida, o desejo de viver o que não sei se viverei.


É um jogo! Preciso jogar! Preciso acreditar! Preciso de você!


Novas amizades, novos espaços e leituras onde um outro horizonte se abre diante de mim.


Velhos conflitos, que não sei se foram e ou serão resolvidos.


Quem sou? Quem és? Por que eu? Como?


Me olho no espelho e não me vejo lá,


Pego meu óculos na mesa e continuo a procurar,


Alguém tem uma lupa para emprestar?


Troco de roupa, de escova, de perfume...


Será que vou me encontrar?


Tua face fico a procurar...


Acordo cedo, durmo tarde e sempre a observar,


Na esperança que isso um dia vai melhorar,


A busca de mim, a busca de Ti, a busca do pão, a busca do irmão...


Me olho no espelho e para o meu espanto: quem tava lá?


Um Deus gordo, barbudo e fiquei a pensar: é possível meu Deus, não consigo enxergar?


Tirei o óculos, lavei e enxuguei o rosto...coloquei novamente o óculos e...


Ah sim, sou eu! Que loucura! Ainda pouco era o Senhor.


Continuo a procurar...


Oro, penso, escrevo, reflito, estudo,existo, questiono, recrio...


Penso ser bom tudo isso! A vida é dinâmica e misteriosa!


Há crises... Há encruzilhadas...


Em cada escolha conseqüências... Escolhemos?


Como discernir o que nos é imposto socialmente (estruturas, representações coletivas) de quando somos sujeitos históricos sociais. Isto é, não mais objetos?


Somos uma sociedade de indivíduos e indivíduos que são sociais. (Bonito o que aponta Norbert Elias) não é, Criador?


Não sei mais quem sou... Só sei que sou Teu!


Só sei que continuo te encontrando na face de homens e mulheres nas esquinas e ou praças.


Só sei que quero ser...


Muritiba/BA, Dezembro de 2011


Cláudio Márcio

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