segunda-feira, 30 de maio de 2011

Malandra minha!


A TANTO TEMPO QUE EU QUERIA TER...O humano busca, deseja viver muitas experiências na vida em suas múltiplas dimensões. No entanto, a nossa contemporaneidade é marcada por uma mercantilização não só de objetos, mas da fé e dos humanos. Logo, percebe-se uma crise entre o ter e o ser, onde o primeiro é mais valorizado (quase sempre) em nossas relações sociais.

Porém, falo de ter UM GRANDE AMOR COMO VOCÊ... Tão humana, tão inteligente, tão acolhedora, tão amiga, tão linda, tão parceira (ficaria aqui muito tempo dizendo tão... rsrsrs). QUE bom que você DEMOROU, MAS CHEGOU... E foi para valer! E foi para me alegrar! Foi para me fazer ir mais longe! Foi para me completar! Foi para me fazer sorrir! Foi para eu ser pleno!

Evidentemente que MINHA VIDA passou a ter um novo sabor, um novo sentido em cada toque, em cada abraço, beijo, embate teórico, (um querendo calar o outro... que maravilha! É necessária muita argumentação... malandrinha...rsrs). Daí, ao chegar na minha caminhada tudo se MODIFICOU...

A cada manhã agradeço ao Criador por ter uma esposa tão especial e querida. Posso dizer: EM MINHA espiritualidade aprendi a ser mais humano, a ser mais gente! Ou seja, o que quero dizer é que: VIDA encontro em ti! Em nosso casamento que hoje completa cinco anos, me parece que vivemos muito mais a dimensão do TUDO É O AMOR!

Desta maneira, confesso que NÃO ESPERAVA..., que sonhos realmente pudessem ser realizados. Mas, é assim que vivemos: a realidade e o sonho (a possibilidade de agir no e com o outro no mundo), de transcender... Pois, lá no mais íntimo do meu ser queria QUE UM DIA, VIESSE SER FELIZ ASSIM. Uma vez que NÃO HAVIA..., possibilidade aos olhos de tantos (as) CHANCE ALGUMA de um relacionamento tão abençoado e por que não dizer eficaz, frutífero como nossa deliciosa união.

Assim, não só sou realizado ao seu lado como seria capaz de comer suas (deliciosas) e minhas (horríveis) bolinhas de jenipapo, só para te fazer sorrir (é mal, não é? Rsrs) No entanto, sei que UM DIA olharemos nossos filhos e netos (Isto é, espero...) e diremos: valeu à pena! Valeu Criador! Logo, sou grato ao Deus da vida por VOCÊ SER A MINHA MALADRINHA. Sendo assim, quero terminar dizendo que ESTOU NA TUA e sei que também ESTÁS NA MINHA...

Um beijo de quem muito te admira e quer bem!

Abraço sócio-teológico, Cláudio Márcio

sábado, 21 de maio de 2011

Uma voz...




“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas.” (Mc 1:3)




Nengo Vieira, cantor de reggae do recôncavo baiano em suas canções expressou muito bem o que também quero dizer: “esses homens não se cansam do poder, nossas vidas nessas mãos o que vai acontecer?” ou “ quanta gente não percebe que o trabalho desses homens está longe do amor de Deus”. Daí, o incomodo profundo em perceber que assim como Cristo detectou em seus dias, estão fazendo da casa de oração o mercado da fé.

Desta maneira, esses (as) líderes religiosos vivem uma espiritualidade de fachada, vazia e que não se preocupa com os direitos humanos e nem se coloca na caminhada como voz e mão a favor da vida em sua pluralidade existencial. Logo, quero deixar claro que não me sinto representado por muitos (as) desses líderes midiáticos que montam um cenário para que o Espírito possa atuar.

Essas pessoas não entenderam que o Espírito é livre e age onde e como quer. Assim, também o humano que vive atento ao sopro deste Espírito, sabe que Ele está agindo em diversos lugares na nossa sociedade onde a manutenção da vida está em primeiro plano. Contudo, sabe-se que nem sempre isso ocorre nos espaços eclesiásticos, uma vez que em alguns casos, o Cristo está do lado de fora da Igreja batendo na porta querendo entrar.

Então, a quem esses líderes estão servindo? Deus ou Mamon? A quem estão querendo enganar? Fariseus, hipócritas, ladrões de gravata, gananciosos que se escondem atrás de um discurso religioso e de uma espiritualidade que não humaniza as pessoas em suas relações sociais do cotidiano. Ou seja, se encaixam no que o profeta Ezequiel já condenou: “Porquanto, sim, porquanto andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada;” ( Ez 13:10)

Portanto irmãos fiquem atentos na caminhada de vocês, vivendo a dimensão da fé (no Cristo de Deus) que nos liberta das amarras destes que querem limitar Deus à suas próprias práticas e ou convicções. O Sagrado é muito maior e não cabe em nossos espaços eclesiásticos e em nosso discurso. O Criador é Deus de amor e de vida e a base do seu trono é a justiça.

A Igreja em nossa contemporaneidade é uma voz diante de tantas vozes. Mas, que voz é essa? É relevante? É contundente diante dos donos do sistema? Estar a serviço de quem? Se for para falar o que não emancipa o humano, o que não gera reflexão diante de si mesmo e da complexidade de suas relações sociais, que não se preocupam com os homens e mulheres que se identificam como: “Somos senhores das favelas, somos senhores da pobreza, falta alimento em nossas mesas... Somos senhores das calçadas, somos senhores das sinaleiras, Superlotamos as penitenciárias...”. (Edson Gomes). Se não for para ser sinal de esperança para os abandonados pelo sistema, então prefiro ser mudo.


Abraço sócio-teológico, Rev. Cláudio Márcio



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Palavra Fraterna...


Ah minha Nordestina... Mulher forte, mulher sofrida, mulher valente... Não és MARIA, mas és BONITA!

Ah minha Baiana... Teu jeito, tua alegria, teu encanto... Tu és como uma saborosa cocada... Tu és IRMÃ, não é DULCE, és doce!

Ah minha Feirense... Sabes negociar, sabes criar, sabes pedagogicamente como ensinar... Esforço, dedicação, compromisso, responsabilidade... Calabetão! Vamos lá!

Ah minha Muritibana... Andaste tanto nestas ruas para pregar, brincar, vender, crescer... A feira conhece teu rosto, a igreja já ouviu tua voz, a padaria te deu sensações no paladar e te fez estudar. E, as jóias que possibilitaram tantas conquistas... hoje em tua mão esquerda, carregas uma bela jóia, brilha o círculo infindável do amor !

Ah minha querida... Preocupada com os outros, isso é cristão! Porém, cuida de ti mesma também... Chora, canta, pula, come, dança, celebra a vida que o Criador te dá! Podes ouvir a voz do excluído? Ouves também esse pássaro a cantar? Olha, ali tem lindas borboletas!

Ah minha THATY... Que perfume agradável tu exalas. És de verdade ANA... Cheia de graça! Mulher que ora, chora e confunde-se com a embriagada... Tá bêbada mulher? Tô não senhor, me derramo diante do Senhor... Então que Deus conceda o que pede teu coração.

Abraço sócio-teológico, Rev. Cláudio Márcio

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe...







Mãe, cadê a farinha?

Mãe, cadê papel?

Mãe, cadê o lençol?

Mãe, pode passar esta roupa?

Mãe, quebrei o prato... pega a pá e o vassoura?

Mãe, faz um suquinho aí!

Mãe, não vai me cobrir hoje não?

Mãe...

Mãe, teu rosto é tão lindo!

Mãe, como o tempero de sua comida é bom!

Mãe, como teu colo é acolhedor!

Mãe, como tua voz é doce!

Mãe, tuas mãos já trabalharam tanto!

Mãe...

Mãe, como foi teu rosto?

Mãe, não senti o cheiro da tua comida!

Mãe, como seria o teu colo?

Mãe, que som teve tua voz?

Mãe, tuas mãos foram firmes?

Mãe...

Mãe, ainda guardo teu rosto na estante e em minha memória!

Mãe, minha boca sente falta daquela farofa feita com tanto carinho!

Mãe, como teu colo não tem igual... Que ausência tenho dele!

Mãe, quando sonho contigo... Sou capaz de ouvir o seu riso!

Mãe, queria tua mão me fazendo um dengo... Ou até com a sandália a me dizer: passa aqui menino (a).

Mãe...

Mãe, já vou...sua benção!

domingo, 1 de maio de 2011






Um olhar...







“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” (Rubem Alves)







Que maravilhoso é perceber o que está acontecendo na vida do meu irmão e amigo Paulo Nascimento... Este momento de transição que novamente você (e sua esposa Patrícia) passa, a meu ver, precisa ser pensado também nesta perspectiva: o que permanece? O que se renova? Por quê?


Evidentemente que a vida, as relações sociais, as escolhas que fazemos são muito mais complexas do que dizer: vou para este ou aquele espaço por este motivo (como se fosse único). Pois, como separar o político, do econômico, do biológico, do social, do religioso... São teias em que o humano participa (Weber). Ou seja, quantas questões estão envolvidas nesta escolha.


Dessa maneira, não se trata só de uma mudança geográfica da periferia para o centro. Mas, de elementos que entram em conflitos entre o eu social e o eu subjetivo. Isto é, quando estas dimensões dialogam e complementam-se, há o amadurecimento, há metamorfoses, há ressiginicação, há um novo olhar para si mesmo e para o outro.


Assim, é notório que onde vocês (Paulo e Patrícia) passaram marcas foram deixadas na vida de muitas pessoas... Mas, que marcas? Vocês devem se perguntar! Boas ou ruins? Eu diria as duas. Pois, com certeza, em muitos momentos, o agir humano de vocês abençoou indivíduos. E, por outro lado, no exercício da santidade, alguém tenha se ferido! Paradoxo? Contraditório? Esse é aspecto mais interessante do ser humano. As dicotomias desaparecem e no diverso a unidade se encontra!


Entretanto casal, como não se lembrar dos guerreiros da madrugada, do STBNe, dos cultos de jovens, do louvorzão “a Bahia o ano inteiro é do Senhor Jesus”, congressos, de Acupe, de Barra do Rocha e Forene...Uma trajetória muito bonita que não acabou, mas que está se fazendo e refazendo a cada manhã, a cada passo.


Este momento, mais um passo (Igreja Batista do Pinheiro- Maceió), sem dúvida alguma, mais encantamentos, desafios, emoções, decepções, inquietações... tudo de novo? Tudo novo! Novo? Novo! Leonardo Boff fala deste humano que está sempre aberto, sempre inacabado... Assim, pelo que conheço este casal, estão neste momento de transição alegres e tristes, um pouco confiantes e inseguros... Quem não ficaria?


Desta forma, gostaria de mostrar (publicamente) a admiração que tenho por vocês. Sobretudo a Paulo Nascimento e seus múltiplos papéis sociais (músico, cantor, compositor, pintor... tinha momentos que dava até “raiva”, faz tudo!). Assim, sou grato ao Criador por de uma forma ou de outra fazer parte de sua vida.


Acredito que onde você desejar ir, você chegará. Grato pela amizade, pelo respeito, pelo carinho, pelas orações, pelos momentos de partilha de sonhos, pão e heresias... Logo, penso que vocês podem dizer como Almir Sater: “Ando devagar, porque já tive pressa. E levo esse sorriso, porque já chorei demais”.




Abraço sócio-teológico Rev. Cláudio Márcio