terça-feira, 18 de outubro de 2016

Que Deus (Pai-Mãe) tenha piedade de nós...

“E tudo quanto pedirem em oração, se crerem, vocês receberão” (Mateus 21:22)
Por: Cláudio Márcio
Nos dias 26 a 30-09-16, no templo da Igreja Presbiteriana Unida de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia), situada na Rua Lions Club s\n, das 17h às 18h, experimentamos mais uma semana de oração. Momento simples e belo simultaneamente. Preces, canções, clamores, testemunho, comunhão, gratidões. A fé no cuidado, fidelidade, misericórdia e provisão de Deus eram percebidas em cada voz, em cada mão e, não menos, em cada lágrima no rosto.
Recebemos as visitas dos pastores Benedito Pereira e Jônatas Lopes (Batistas), também a partilha de um belo testemunho do irmão-amigo Sinésio Galvão (Católico), fortalecendo assim nosso compromisso com o diálogo ecumênico. Estes nos trouxeram um breve momento de reflexão sobre a importância da oração na vida pessoal e ou em comunidade.
Vale ressaltar também que em muitos momentos o silêncio nos revelava o encontro com a alteridade, isso é, como sinaliza Rubem Alves: “Orações e poemas são a mesma coisa: palavras que pronunciamos a partir do silêncio, pedindo que o silêncio nos fale."
Alienados? Desocupados? De forma alguma! Trata-se de crença no mistério inominável que nos costumamos a compreender como Pai-Mãe de bondade e ternura no olhar. Sim! É uma redução dEle. Todavia, nosso construto imagético de uma representação identitária do Divino enquanto comunidade IPU é de um colo acolhedor e uma voz suave que nos diz: não temais! Estou com você! Essa voz revela-se também na natureza, assim como, na manifestação de homens e mulheres promotores da justiça social no cotidiano.
De fato, como abaliza Martin Luther King Jr, fazendo uma metáfora entre a fé e a escada, ou seja, entre o que é do mundo subjetivo transformando-se em prática objetiva, ele aconselha: “suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo”.

            Como reverendo da IPU de Muritiba, agradeço a cada um(a) por sua visita. Desejo que nossa fé-ação nos humanize mais e, ao mesmo tempo, entendamos que orar pelo “pão nosso” sem capacidade de partilha é uma contradição. Que Deus (Pai-Mãe) tenha piedade de nós.
Art Suzart