“E
tudo quanto pedirem em oração, se crerem, vocês receberão” (Mateus 21:22)
Por:
Cláudio Márcio
Nos dias 26 a 30-09-16,
no templo da Igreja Presbiteriana Unida de Muritiba (cidade serrana do
Recôncavo da Bahia), situada na Rua Lions Club s\n, das 17h às 18h, experimentamos
mais uma semana de oração. Momento simples e belo simultaneamente. Preces,
canções, clamores, testemunho, comunhão, gratidões. A fé no cuidado,
fidelidade, misericórdia e provisão de Deus eram percebidas em cada voz, em cada
mão e, não menos, em cada lágrima no rosto.
Recebemos as visitas dos
pastores Benedito Pereira e Jônatas Lopes (Batistas), também a partilha de um
belo testemunho do irmão-amigo Sinésio Galvão (Católico), fortalecendo assim
nosso compromisso com o diálogo ecumênico. Estes nos trouxeram um breve momento
de reflexão sobre a importância da oração na vida pessoal e ou em comunidade.
Vale ressaltar também
que em muitos momentos o silêncio nos revelava o encontro com a alteridade,
isso é, como sinaliza Rubem Alves: “Orações e poemas são a mesma coisa: palavras que
pronunciamos a partir do silêncio, pedindo que o silêncio nos fale."
Alienados?
Desocupados? De forma alguma! Trata-se de crença no mistério inominável que nos costumamos a compreender como Pai-Mãe
de bondade e ternura no olhar. Sim! É uma redução dEle. Todavia, nosso
construto imagético de uma representação identitária do Divino enquanto
comunidade IPU é de um colo acolhedor e uma voz suave que nos diz: não temais!
Estou com você! Essa voz revela-se também na natureza, assim como, na
manifestação de homens e mulheres promotores da justiça social no cotidiano.
De fato, como abaliza Martin Luther King Jr, fazendo uma
metáfora entre a fé e a escada, ou seja, entre o que é do mundo subjetivo
transformando-se em prática objetiva, ele aconselha: “suba o primeiro degrau
com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro
passo”.
Como
reverendo da IPU de Muritiba, agradeço a cada um(a) por sua visita. Desejo que
nossa fé-ação nos humanize mais e, ao mesmo tempo, entendamos que orar pelo
“pão nosso” sem capacidade de partilha é uma contradição. Que Deus (Pai-Mãe)
tenha piedade de nós.
Art Suzart
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