sábado, 2 de abril de 2022

COMECEI A IMAGINAR...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1]

 

Ó Deus, me livraste do cativeiro e comecei a imaginar

Que tinha pão, saúde, teto, educação e emprego

O povo comia churrasco e ou feijoada no fim de semana

Era som de festa e comunhão – dia de redenção

 

Ó Deus, a minha boca se encheu de riso e eu não parava de cantar

A fé e a coragem no campo e na cidade de resistir e se reinventar

Lançar sementes e cuidar, pois, o fruto chegará

Nosso casulo é um grande quilombo – Dandara e Zumbi voam

 

Ó Deus, estou alegre em plena libertação – tudo novo se fez

Consciência coletiva de partilha na unidade diversa

Bebemos água do manancial que há em Ti-nós

Nosso choro será no colo de amorosidade de Deus

 

Ó Deus, ouço um convite para caminhar de maneira ética e solidária

Sua voz aponta para justiça, a compaixão e o bem viver

Minhas mãos estão cansadas de lançar a semente

Permaneço – Tua voz me diz: uma planta e a outra colhe: Eu dou o crescimento.




 



[1] Reverendo da Igreja Presbiteriana Unida de Muritiba (cidade serrana do recôncavo baiano), pensando o Sl 126.

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