segunda-feira, 20 de junho de 2011

O NORDESTINO É O SAL DA SUA TERRA!
















Quem é aquele de pés rachados de sandálias de couro?

Mãos fortes e calejadas de trabalhar no canavial e ou produção de fumo...

Na cabeça um chapéu de couro e ou palha, mesmo assim...

Rosto castigado pelo sol de cada dia em busca do pão em jornada pesada de trabalho...

Quem é aquele que levantou São Paulo com mão de obra barata?

Que é visto como analfabeto, preguiçoso, malandro...

Culpado pela marginalidade dos grandes centros urbanos do Brasil...

Culpado por muitos por terem nascidos...

Ah Nordeste querido... Povo sofrido e valente!

Rememoro Lampião e Maria bonita; Antônio Conselheiro; Zumbi dos Palmares...

A luta, a resistência, as estratégias de sobrevivência e de recriação do seu viver social...

Sinalizo o reggae do recôncavo e seu chamado contra injustiça social e emancipação humana...

Ah Luiz que saudade você faz... É um dos nossos símbolos do nosso chão (zabumba, triângulo, sanfona... celebração, dança, alegria, cotidiano, denúncia) Luiz, mestre do ofício!

Mas, espera um pouco... Quem é aquele que vem sentado num jumentinho?

Ôxe, quanta gente atrás dele... O que ele traz no panacum?

Pão, remédio, água, rapadura...

Ôxe, Ele carrega a peixeira na boca bem afiada e sai cortando tudo! Essa peixeira tem poder de sarar!

Será que um dia as pessoas olharão mais para Ele do que para o panacum?

Mas, o que leva as pessoas a olhar só para o panacum?

Ôxe, eu vou é fazer amizade com esse cabra danado (o homem sozinho lutou contra um império todo) e se Ele achar que preciso de algo, Ele não me deixará na mão...

Penso que Ele ta atrás de jagunços que queiram aprender a arte de carregar a peixeira na boca...

Sabe de uma... Eu vou! Pois, uma coisa é certa... Naquele jumentinho não pode ser outro, se não, Jesus de Nazaré no Nordeste brasileiro dizendo ao povo: Tu és meu! Agora senta um pouco nesta esteira e vamos comer amendoim e assar um milho. Porém, depois não esqueça: amig@ e irmão (ã) lute!

Rev. Cláudio Márcio



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