segunda-feira, 19 de março de 2012

“Roubando” a flor do altar...

Ontem à noite, mais uma lição...


Tem momentos que não sabemos o que fazer!


Até que uma flor pode surgir...


Pode até ser artificial...


Mas, ela encanta, suaviza, alegra...


Resolve?


Sinceramente, não sei!


Apenas acredito que elas anunciam o belo, o Divino...


Sim! Até as artificiais!


Pois, ali tá a mão do humano...


E, onde tá a mão do humano,


O sagrado se manifesta!


Sim! O profano também!


Somos complexos e inacabados...


Somos caminhantes em encruzilhadas!


E, na encruzilhada, a escolha tem que ser feita!


Para que lado você vai?


Bem, eu ouço uma voz que arde meu coração quando me aproximo da cruz...


Vou andando...


Encontrando vidas que não sei o que fazer!


Só sei que são vidas...


Mesmo sem parecer!


E, enquanto flores forem arrancadas do altar de uma Igreja em festa...


Para serem oferecidas aos invisíveis sociais...


Então, entenderei que as flores não só embelezam e perfumam...


Mas, dignificam o humano.


Muritiba/BA em 19/03/2012


Cláudio Márcio


Esta meditação é fruto de um olhar para o que ocorreu no aniversário de 47 anos da IPU em Itapagipe em que fui convidado a ser o pregador com a reflexão intitulada: SEMEADORES DE DESTRUIÇÃO X SEMEADORES DE VIDA. Bem, antes de começar o culto, uma mulher aparentemente drogada e suja entrou, gritou e sentou na Igreja... Geralmente quando alguém entra e fica em silêncio...tudo bem. Mas, quando quebra a “ordem” da programação é complicado, não? Porém, o que fazer? Um presbítero da Igreja, “roubou” uma flor da ornamentação do aniversário da comunidade e ofereceu a mulher.


3 comentários:

  1. Muito bom, Pastor.
    De verdade.

    Juliana França

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  2. mui bueno, na mesma suavidade e delicadeza de sempre, abração cacau

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  3. Então Cláudio,Deus nos convida mesmo a fazer muitas reflexões em nosso dia a dia das coisas que vemos e vivemos. São nesses momentos do inusitado, de desordem q a gente observa os desafios postos tão perto de nós.
    Belas palavras, poéticas, sensivéis. Abraço
    Camila

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