Nesta última sexta feira (26/07/13), ocorreu na Igreja
Presbiteriana Unida em Muritiba-Ba, junto às Mulheres Cristãs em Ação da Igreja
Batista da mesma cidade, um culto de celebração e ação de graças pela vida de
cada vovó e cada vovô. Pois, assim como
nas religiões de matriz africana, o ancião no cristianismo ocupa um locus de
prestígio.
Evidente
que por traz de uma data festiva que cada vez mais vem se consolidando em solo
brasileiro, pode-se perguntar: seria o "capitalismo" em busca de
novos consumidores? Melhor qualidade de vida para os considerados mais
experientes e novas conjunturas sociais? Seria a consolidação da
"voternidade"? Se o ato de criar filhos era atribuído às mães e,
muitas delas encontram-se no mercado de trabalho, quem educa essa criança?
Bem,
mesmo com superficialidade no olhar e, percebendo certa transferência de responsabilidades
para Escola e grupo religioso, arriscaria dizer que as avós é que estão vivendo
este momento. Ainda arriscaria dizer que entre o cansaço de vistas, braços e
pernas, elas paradoxalmente renovam suas forças e continuam a labuta de cada
dia. Assim, seria a "voternidade" natural como a maternidade? Não!
Ambas são construídas dentro de processos históricos e sociais.
Contudo,
o que desejo abalizar é como nosso culto foi alegre e cheio de vida. Foi uma
noite temática, pensamos a década de 60. Ora, brincamos, rememoramos, sorrimos,
nos emocionamos... Cantamos músicas deste contexto, ouvimos relatos de uma juventude
que a memória reconstrói em cada narrativa, mas, o tempo mudou.
Esse
encontro entre a IPU e a Batista nos fez perceber o quanto nossas vovós e vovôs
mudaram. Estão ligados às redes sociais, à atividades físicas, à passeios
turísticos e, rindo do que cada "netinho" ou "netinha"
apronta a ponto de gerar em nossos pais um ar de "ciúme" ao dizerem:
"no meu tempo não era assim".
Esta
reflexão é feita em forma de gratidão. Valeu IPU! Valeu BATISTA! Pois, mesmo
sendo ainda um diálogo entre iguais, sabemos como é difícil esses contatos, uma
vez que há protestantismos que geram ethos distintos em cada um de nós...Assim,
que Deus abençoe cada vovó e vovô! E, que o proselitismo seja vencido em nossos
discursos-práticas. AMÉM!
Por:
Cláudio Márcio
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