A Assessoria de Assuntos Teológicos, que tem como assessor o Rev. Claudio Marcio Rebouças, da IPU de Muritiba/BA, propõe para nós, membros da IPU, que escrevamos um pouco sobre aquilo que nos encanta e desencanta em nossa denominação, em uma forma de nos conhecermos e de promover uma reflexão teológica.
Este trabalho tem como base o texto de Mateus 16:13b que diz: "Quem dizem os homens ser o Filho do homem?"
Quem quiser participar, poderá enviar um texto, de até duas páginas,identificando-se, para nosso assessor (revcacau@hotmail.com) que irá, posteriormente, disponibilizar sua opinião neste espaço.
Participe!
Um dos participantes foi Paulo Roberto, segue o seu texto.
“Certo ou errado até...
A fé vai onde quer que eu vá”!
(Gilberto
Gil- Andar com Fé).
Por:
Paulo Roberto[1]
A experiência da Fé, na
história humana, “sempre” foi uma característica fundante do processo de
desenvolvimento nas diversas sociedades. Me arrisco a dizer que, talvez, um dos
processos sociais mais solícito a companhia dos indivíduos, ao longo dos tempos,
frente aos ainda incertos acontecimentos em nosso cotidiano. Foi e, ainda tem
sido, nas diversas formas de ser das religiões, onde o humano pode e tem podido
se enxergar, mesmo com gritantes contradições, um local de amparo e
encorajamento do humano.
Nesse sentido, tenho a
categórica dimensão de que a religião, esse espaço de mediação entre o humano e
suas figuras de transcendência, suas formas divinas de consolo e zelo, tem um
papel extremamente descomunal no que tange a confortabilidade humana, ainda que
seja imbuída de crises e conflitos diversos. Não há como negarmos a experiência
de libertação, equilíbrio e força com que os espaços religiosos, na sua
dimensão da crença, da fé, produzem na vida d@s que as seguem. O trato
religioso para com a vida busca, através do seu discurso, trazer, desde a sua
concepção, esta condição de serenidade e maravilhas para o viver diário.
Tomado por esta
perspectiva, vejo que em minha experiência de Fé, ainda muito jovem e conflituosa
em alguns instantes, fui deliciosamente arrastado, através da relação com a
IPU, na cidade de Muritiba, no Recôncavo Baiano, na figura do seu eminente
Reverendo (meu parceiro), Cláudio Márcio Rebouças, por uma dimensão
encantadora, algo que já vinha vivenciado, mas que, confesso, havia meio que
abandonado há um certo tempo, a prisão libertadora do Ecumenismo. A
representação mais perfeita da minha ideia de Paraíso, o sentar-se junto à tod@s,
comer do mesmo pão, beber do mesmo vinho, do mesmo jabá, beber do mesmo licor,
como nos aponta o Pastor Cláudio Márcio.
Tal foi a profundidade
com que fui atingido por essa força Ecumênica, no espaço da IPU, que, mesmo em
meus primeiros instantes de caminhada, pude me sentir em casa, certo de que ali
podia continuar com a mesma e tão divinamente humana representação de Deus e
suas dimensões. Me sentia e me sinto, sempre, batendo um papo extremamente
gostoso e rico com a figura do Senhor Deus, numa intimidade encontrada apenas e
tão-somente, nas mais sinceras e transparentes formas de ser relação.
Na IPU o contato com a
dimensão divina é, tal qual a de uma pena ao se desvencilhar de um pássaro e
ser tocada pelo suave vento, “sempre” chega ao chão abrandada-tranquilizada,
serenamente cuidada. Na e com a IPU tive e tenho tido a certeza do quanto,
apesar de muito complexo-dispendioso, nos é necessário o exercício da
alteridade, do olhar no e para o outro a dimensão, ainda que distinta, do rosto
e da força divina, enxergar sempre nesse outro, a riqueza que existe nas
diversas formas de ser e estar Igreja, nos distintos modos de poder, de modo
deleitador, experienciar a nossa Fé!
Interessante reflexão, ao certo, essa mediação pela fé nos constitui em diversos âmbitos da vida.
ResponderExcluirIsso mesmo, Matheus. O fenômeno social religioso é encantador... Uma especialização em Ciências da Religião na UFRB/cahl seria massa!!!
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