Por: Cláudio Márcio
"Sim,
Deus pode, perfeitamente, ser encontrado nas igrejas. Mas o problema é que nem
sempre as igrejas querem sua companhia. Pois é muito exigente. Quer sempre
tirar a igreja de seu bem-estar e de sua gostosa acomodação e fazê-la assumir
as tramas e dramas do mundo”
(Zwinglio Mota)
Queremos de fato a
companhia de Deus em nossas vidas? Se sim, o que isso significa? Algumas
pessoas respondem essa questão dizendo: frequento minha comunidade religiosa
com assiduidade; quando o grupo de louvor canta eu fico perto de Deus; tem
domingos que o sermão do pastor(a) é bom e tenho respostas de Deus para minha
jornada; contribuo financeiramente com minha igreja; tenho tantos anos “de
crente”; etc.
Já outras pessoas não
negam necessariamente algumas dessas dimensões supracitadas, mas, são capazes
de perceber essa companhia de Deus no chão da vida, na fábrica, na escola e
universidade, nos sindicatos, nas praças da cidade, ou seja, trata-se de uma
perspectiva teológica em que Deus (realidade última) extrapola os territórios
eclesiásticos.
Quer encontrar Jesus de
Nazaré? Seja misericordioso, compassivo, amoroso, justo, solidário, ético. Quer
a companhia de Jesus de Nazaré? Cuide
dos órfãos e das viúvas. Vá em enfermarias, presídios, abrigos, orfanatos,
prostíbulos e campos de refugiados. Lembremos da narrativa bíblica ao dizer: “em
verdade vos digo que quando o fizerdes a um destes meus pequeninos irmãos, a
mim o fizestes” (Mt 25:40).
Diante da proposta de
exercitar uma mística diaconal não podemos deixar de ser provocados por nossos
irmãos quando cantam, a saber: João
Alexandre: “enquanto se canta e se dança de olhos fechados. Tem gente
morrendo de fome por todos os lados”. Pe. André Luna: “entre nós está e
não o conhecemos - entre nós está e nós o desprezamos”.
Que maravilha! Ótima iniciativa pastor.
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