“Não somos como aqueles que chegam a
formar pensamentos somente em meio aos livros - o nosso hábito é pensar ao ar
livre, andando, saltando, escalando, dançando.” (Friedrich Nietzsche)
Por: Paulo Roberto (Cientista
Social e Poeta)
Por vezes é de bom tom se vê mudo;
Surdo;
Absorto;
Indiferente...
Dar as costas para esse tanto de
absurdo;
Que, ainda que neguemos, faz-se morada
em “gentes”.
Por vezes faz-se um bem danado estar
só;
Fiel a suas idiossincrasias...
Aliado de seus próprios egoísmos;
Erguer, o tempo inteiro, as bandeiras
do seu eu.
Vez por outra vê-se tão acomodado;
Tão mavioso;
Tão abrandado nas bobagens e
indignidades pueris;
Nelas fazer o dispêndio de não
obrigar-se chato;
Afetado por esta atmosfera vil que nos
permeia!
Vez por outra tão bem faz dar-se por
desentendido;
Ainda que, tal qual Gil, queiram a
nossa opinião, ante a tão/tal vil situação;
“Caetaneado”;
Volto a mim mesmo...
Com voz branda, quase emudecida;
Observo o horizonte, com todos os seus
devaneios;
E sorriu minhas memórias mais belas;
Dando-me a oportuna vontade de
banhar-me nessa ideia estranha de amar-me em meio a tanto desalento!
Voo livre;
Orbito-me;
Na ilusão de que...
Dono de mim, permanecerei liberdade!
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