quarta-feira, 23 de setembro de 2020

HUMANO COMO COROA DA CRIAÇÃO?

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1]

O irmão sol e a irmã lua derramam lágrimas pelo chão

No tempo da criação queremos renovar nosso mundo

A casa comum é incendiada e geme as dores da desolação

E, mesmo trazendo essas rosas para te dar, sei que buquê são flores mortas


A vida é desfeita e tem sobrado choro, luto e despedida virtual...

Hoje o céu não amanheceu tão lindo – apenas cinzas sem fênix

Cadê a flor que estava aqui? O peixe que é do mar? O verde onde é que está?

Chico Mendes, presente! Margarida Maria Alves, presente!

 

Humano como coroa da criação?

A quem interessa essa interpretação?

Precisamos articular uma espiritualidade ecológica

UBUNTU – OIKOUMENE – PACHAMAMA

 

Sou militante da utopia – um rebelde da esperança

Escrevo como um semeador que espalha as sementes

Sou capaz de ouvir o som da redenção

Não me iludo - o jardim é construído por muitas mãos

 

Minha alegria é saber que todos anos você vem

Chega em múltiplas cores como um espetáculo de beleza

Flores, borboletas, pássaros, crianças e velhos nas praças da cidade...

Tudo se renova na P-R-I-M-A-V-E-R-A

 




[1] Pastor na IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo baiano).

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