Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva[1]
Deus
que sara feridos(as) e anima cansados(as)
Deus
que faz companhia a quem vive em solidão
Deus
que brinca com a criança na praça da cidade fazendo ela rir no balanço
Deus
que é como sombra de uma grande jaqueira onde é feito um piquenique.
Deus
que me visita através do beija-flor
Deus
que na flor traz beleza e perfume
Deus
que junto ao sol traz recomeço
Deus
que arrasta o pé ao som da zabumba, do triângulo e da sanfona.
Deus
que tem percebido nossa tristeza, choro e dor
Deus
que chora com mais de 500 mil famílias em solo brasileiro
Deus
que se revela nas vacinas e no SUS
Deus
que faz milagre com mãos de cientistas.
Deus
que coloca as mãos através das luvas de profissionais da limpeza e da saúde
Deus
que carrega o caixão junto ao coveiro e também acolhe a criança que chora ao
nascer numa maternidade
Deus
que desafia a Igreja a cuidar dos órfãos da COVID-19
Deus
que convida a juntar na prece um punhado de farinha em espiritualidade
solidária.
Deus
que convida os religiosos a abandonarem discursos e práticas de ódio
Deus
que chama a humanidade para derrubar muros e seguir no mutirão da construção de
pontes
Deus
que convida pessoas de dentro e fora das igrejas para o compromisso com a
garantia dos Direitos Humanos
Deus
que mais uma vez nos diz: é tempo de esperançar!
Deus
que traz consolo a quem chora e reorganiza os passos
Deus
que abre portas através da compaixão empática de homens e mulheres
Deus
que no partir do pão nos ensina a compartilhar e não competir
Deus
que rompe nossa surdez e diz: estou contigo!
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