quinta-feira, 12 de julho de 2018

ITINERÁRIO DA ESPIRITUALIDADE...


Por: Cláudio Márcio[1]


“Orai sem ARREDAR O PÉ” (1 Tessalonicenses 5.17\ Bíblia do matuto)

Pai-Mãe de toda criação e bondade, recordei nesta manhã que aqui em Muritiba (na infância) alguns colegas faziam “armadilhas” para prender passarinhos com o visgo da jaca, assim, por vezes, tinham êxito.
Hoje penso que o fenômeno religioso pode ser lido como “esse visgo da jaca” e que meus colegas seriam representações de sacerdotes religiosos.
Ó Deus, rememoro ainda que muitos pássaros escapavam da armadilha. Sim, como sinalizou Rubem Alves: o pássaro encantado não pode ser capturado, isto é, quando se prende torna-se empalhado.
Tu És o MISTÉRIO que só conheço mediante a fé, logo, minha crença não consegue não te perceber afastado do rosto humano multifacetado. Isto é, essa REALIDADE ÚLTIMA ocorre em corpos plurais.
Contudo, Senhor. Minha narrativa sobre a bíblia são como “bagos de jaca” que alimentam e alegram as pessoas. Se o visgo da religiosidade tem impedido de sentir o cheiro e sabor, peço desculpa. Se minhas mãos estão “meladas e nojentas” que Teu óleo possa me purificar.
Que Tu sejas como nossa jaqueira bonita e forte no dia da tribulação. Em Tua sombra quero proteger-me. Fazer piquenique e sorrir como e com as crianças. Pai-Mãe, a jaca só frutifica no momento certo, assim, ensina-me a ter paciência e perseverança.
Ó Deus, confio em suas promessas e não serei confundido. Se falam do Senhor como: rocha, monte, pedra, sol, nuvem...qual a razão de não poder “ser” jaqueira no chão do Recôncavo?
Pai-Mãe, que o BAGO NOSSO DE CADA DIA não nos falte hoje, amém!
(Prece feita em 12-07-18)



[1]  Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).

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