Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva[1]
“...quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo” (Marcos 10:43).
A narrativa bíblica
do evangelho de Marcos 10.35-45 nos convida a prática do serviço, ou seja, nos
aponta que aqueles e aquelas que querem ser discípulos (as) de Jesus (o
camarada) de Nazaré, precisa estar pronto(a) para servi-lo.
Ora,
em um paradigma societário em busca de visualizações, likes, prestígios e poder,
a proposta do Cristo assinala para a capacidade do serviço e cuidado com quem
precisa de apoio e encantamento existencial. Os discípulos não souberam pedir e
ficaram insatisfeitos com o batismo e o pão eucarístico.
O
que temos pedido a Deus? Como tem sido nosso relacionamento com o Deus da vida?
Estamos insatisfeitos(as) com o que efetivamente? É preciso que toda
nebulosidade de nossa percepção seja desfeita pelo poder da luz que vem do
Senhor. Ele é luz que ilumina nossos caminhos. Experimentar a graça de Jesus
Cristo é também se comprometer com o projeto do Reino de Deus de Justiça e paz,
isto é, é urgente “abrir a porta e a janela e ver o sol nascer”.
É importante salientar que a
Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), instituição de 48 anos que atua em
defesa dos Direitos Humanos assumiu com muita responsabilidade essa
característica da espiritualidade diaconal. Você conhece a CESE?
São
muitos projetos apoiados em todo território nacional com maior destaque no
Nordeste e na Bahia. A CESE percebeu que “o Filho do homem também não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45).
Sem dúvida alguma é possível afirmar que o mutirão que compõe a CESE tem produzido ações coletivas de vida e afastado o “esquadrão da morte”. Meu desejo é que você possa compreender que a relação entre Igreja e Sociedade pode ser melhor quando exercemos uma fé madura e comprometida com a dignidade humana, assim sendo, ore bastante, mas, não “jogue nos braços de Deus” o que é responsabilidade sua.
[1]
Reverendo da Igreja
Presbiteriana Unida do Brasil em Muritiba (cidade serrana do território de
identidade do Recôncavo da Bahia).
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