domingo, 10 de outubro de 2021

Quem pode ser salvo?

 

Por: Cláudio Márcio Rebouças da Silva[1] 

A compreensão teológica que temos enquanto “Igreja Reformada Sempre se Reformando”, é que Deus veio ao nosso encontro em uma manifestação cheia de amorosidade para nos salvar, ou seja, Ele nos escolheu e nos separou porque nos amou primeiro.

A graça de Jesus (o camarada) de Nazaré é uma realidade irresistível para aqueles e aquelas que através da fé mergulham no rio misterioso de Deus para se refrescar, sorrir, brincar e celebrar. O convite de Deus está posto e quem tem ouvidos, ouça!

Há quem pense que para mergulhar no rio é necessário cumprir regras, participar de rituais e recitar os dogmas sem cometer equívocos. Pensam que o acesso ao rio é por mérito próprio e, se vacilarem “um minutinho”, serão banidos(as) do banho seguinte.

Bem, suspeito que uma boa questão é: ao ser convidado para banhar-me no rio, tive uma experiência encantadora e cheia de potência de vida, assim sendo, não quero sair deste espaço de pleno prazer e alegria. Minha vontade é convidar aqueles e aquelas que encontro no caminho para se refrescarem também.

            Não fomos convidados ao banho no rio por sermos melhores do que ninguém. Aceitamos o convite e agora é nadar-festejar. Mesmo assim, há quem queira criar pedágios para novas pessoas acessarem o espaço e ou dizem que naquele lugar específico a água é mais cristalina e pura. É preciso desconfiar desses discursos.

            O rio é de Deus e não pode ser represado. O rio é movimento e nos banhamos a partir de uma perspectiva apenas, mas, quem pode medir sua imensidão e conhecer todos os seus mistérios? Acredite, a salvação do Senhor transforma nosso deserto em manancial.

 


 



[1] Reverendo da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil em Muritiba (cidade serrana do recôncavo baiano).

8 comentários: