sábado, 23 de maio de 2020

Santo para amar


Por: Adriano Portela dos Santos[1]

Senhor, digo-te como antes:
Quero ser santo!

Faz-me santo, Senhor,
Mas não para ficar nos altares
Ou ser carregado nos andores.
Não quero para mim as procissões
Regidas pelo som das filarmônicas!

Faz-me santo, Santo,
Mas não para ter velas acesas para mim,
Nem para ser incensado em dias de festa!

Quero ser santo, Senhor,
Para amar como amaste:
Sem distinção de classe,
Etnia ou gênero –
Doar-me a todos e por todos,
Como fizeste aquele dia no Calvário.

Quero ser santo, Senhor,
Para promover a dignidade humana,
Curar os corações feridos,
Incluir os marginalizados.

Quero ser santo, Senhor,
Para que a minha espiritualidade
Não seja vazia, estéril e aparente:
Quero mais que uma suposta moral;
Para que aquilo em que creio, e que oro,
Transforme a minha vida!

Quero ser santo, Senhor,
Para que o respeito esteja acima da minha verdade,
O perdão acima do orgulho
E a humildade acima da arrogância.

Enfim, Senhor,
Quero ser santo para amar!


[1] Rev. da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em Feira de Santana-BA (22.05.10)


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