sábado, 2 de maio de 2020

Vem livrar-me, ó Deus!




Estimadas irmãs e irmãos!
Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo!

Vem livrar-me, ó Deus! Senhor, vem depressa em meu socorro Sl 70. 2 (1)

Mais uma vez nos dirigimos a vocês em contexto de pandemia do COVID-19, este inimigo invisível que tem ceifado a vida de milhares de pessoas em todo mundo e que está crescendo assustadoramente também aqui no Brasil. Queremos reforçar a orientação de isolamento social e, na medida do possível, de ficar em casa por amor à sua vida e à de outras pessoas. No momento atual do Brasil, com todo o desmando da maior autoridade do país, ficar em casa é um ato político de desobediência civil diante de um dirigente que não tem empatia nem sensibilidade com a morte de milhares de brasileiros/as. Queremos reafirmar o nosso compromisso de manter as celebrações de modo virtual. A suspensão das celebrações em templos é uma afirmação da nossa fé:  Deus vem ao nosso encontro ali onde invocamos a sua presença. Portanto: Se puder, fique em casa!  No entanto, queremos fazer um alerta para este “ficar em casa”. 

Para algumas mulheres, a casa não é um espaço seguro; a violência doméstica tem aumentado significativamente em escala mundial.  A ONU fala em “horrível aumento global da violência doméstica”. O Brasil não é exceção; também aqui os dados apontam para o crescimento dessa violência. Nesse momento de quarentena, famílias passam o dia todo no mesmo ambiente, em uma convivência forçada que pode exacerbar tensões.  Já vinha acontecendo um desmonte no âmbito das políticas públicas de proteção às mulheres. Agora, o momento se agrava, porque os profissionais de saúde e a polícia estão sobrecarregados e com falta de pessoal; além disso, os grupos de apoio locais estão paralisados ​​ou com pouco dinheiro. Alguns abrigos para vítimas de violência doméstica estão fechados; outros estão lotados.
Por tudo isso, exortamos as pessoas que professam a fé no Deus amoroso e misericordioso, que nos conclama a amarmos uns aos outros/ umas às outras, a não esquecerem que todas as pessoas são criadas à imagem e semelhança de Deus e que, por isso, toda prática humana de violência configura pecado contra Deus! 
Conclamamos, pois:
Ø  as mulheres e meninas que estiverem sob ameaça ou sofrendo qualquer tipo de violência a que nos procurem. Estaremos atentos/a para ajudá-la no que for preciso. Vocês estão em casa, mas não estão sós! 
Ø  os homens a abandonarem práticas machistas e patriarcais que oprimem, ameaçam e causam dor e sofrimento às mulheres. Se necessitarem de oportunidade de diálogo e aconselhamento, não hesitem em procurar apoio pastoral;
Ø  à partilha das tarefas domésticas. Reafirmamos que não existe “trabalho de homem e de mulher”; podemos muito bem fazer as tarefas domésticas em conjunto, homens e mulheres; as mulheres não precisam ser sobrecarregadas;
Ø  todos e todas a assumirem o cuidado com pessoas idosas e crianças. Lembramos que o cuidado com a família não é responsabilidade somente das mulheres;
Ø  todas as famílias a estarem atentas a pedidos de ajuda que venham da casa de vizinhas, amigas ou familiares.  Como comunidade cristã podemos ajudar ou buscar ajuda em lugares específicos como: Disque 100. Em Salvador, temos a ONG TAMOJUNTAS https://www.facebook.com/tamojuntas/ e O MUPPS- Mulheres, Políticas Públicas e Sociedade,  que estão disponíveis para ajudar (Pastora e Bacharel em Direito Drª Bianca Daebs, fone: 99677-0589)
Ø  a não ter medo de meter a colher quando uma mulher está sofrendo e precisando de ajuda.
Em meio a esta realidade de sofrimento, silenciar significa ser conivente com a violência e a injustiça. O amor de Deus exige que cuidemos e zelemos pelo bem-estar das pessoas. Especialmente neste momento de isolamento social, precisamos ser a voz que consola, o afeto que acolhe e o abraço que afirma que todas as vidas importam!
Que o Deus da esperança nos encha de completa alegria e paz na fé, para que transbordemos de esperança, pela força do Espírito Santo” (Romanos 15,13)

#QuemPuderFiqueEmCasa
#CasaespaçoSagradoeSeguroParatodas

Rev. Alexandre  de Jesus – 79 99161-2244
Rev. Cássio  Santos– 75 98231-6076
Rev. Dagoberto Santos- 71 99118-2719
 Rev. Claudio Márcio- 75 99163-4883
Presb. José Augusto Amorim- 71 98446-3773
Rev. Luís Pereira- 77 99111-8207
Revda. Makiko Koinuma-  71 99105-5322
Rev. Nelson Kilpp- 71 99956-2513
Rev. Percílio Bispo da Silva- 71 98506-9263
Rev.  Rômulo Magalhães- 71 99359-9126
Revda. Sônia Mota  71 99916-1325   
Rev. Vítor Sousa- 71 9196-6870




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