quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CONSTRUINDO COMUNHÃO...


Nesta última sexta feira (26/07/13), ocorreu na Igreja Presbiteriana Unida em Muritiba-Ba, junto às Mulheres Cristãs em Ação da Igreja Batista da mesma cidade, um culto de celebração e ação de graças pela vida de cada vovó e cada vovô.  Pois, assim como nas religiões de matriz africana, o ancião no cristianismo ocupa um locus de prestígio.

            Evidente que por traz de uma data festiva que cada vez mais vem se consolidando em solo brasileiro, pode-se perguntar: seria o "capitalismo" em busca de novos consumidores? Melhor qualidade de vida para os considerados mais experientes e novas conjunturas sociais? Seria a consolidação da "voternidade"? Se o ato de criar filhos era atribuído às mães e, muitas delas encontram-se no mercado de trabalho, quem educa essa criança?

            Bem, mesmo com superficialidade no olhar e, percebendo certa transferência de responsabilidades para Escola e grupo religioso, arriscaria dizer que as avós é que estão vivendo este momento. Ainda arriscaria dizer que entre o cansaço de vistas, braços e pernas, elas paradoxalmente renovam suas forças e continuam a labuta de cada dia. Assim, seria a "voternidade" natural como a maternidade? Não! Ambas são construídas dentro de processos históricos e sociais.

            Contudo, o que desejo abalizar é como nosso culto foi alegre e cheio de vida. Foi uma noite temática, pensamos a década de 60. Ora, brincamos, rememoramos, sorrimos, nos emocionamos... Cantamos músicas deste contexto, ouvimos relatos de uma juventude que a memória reconstrói em cada narrativa, mas, o tempo mudou.

            Esse encontro entre a IPU e a Batista nos fez perceber o quanto nossas vovós e vovôs mudaram. Estão ligados às redes sociais, à atividades físicas, à passeios turísticos e, rindo do que cada "netinho" ou "netinha" apronta a ponto de gerar em nossos pais um ar de "ciúme" ao dizerem: "no meu tempo não era assim".

            Esta reflexão é feita em forma de gratidão. Valeu IPU! Valeu BATISTA! Pois, mesmo sendo ainda um diálogo entre iguais, sabemos como é difícil esses contatos, uma vez que há protestantismos que geram ethos distintos em cada um de nós...Assim, que Deus abençoe cada vovó e vovô! E, que o proselitismo seja vencido em nossos discursos-práticas. AMÉM!

Por: Cláudio Márcio

                                                                                

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