Era um jovem
seminarista batista em 1989 quando descobri o texto, A Revolução do Reino de
Deus, do Rev. João Dias de Araújo e com ele a biografia corajosa que ajudou a
formar a IPU, uma denominação protestante igualmente profética e de vanguarda
para seu tempo. A convivência com o Reverendo e a Professora Itamar, nos trouxe
muito entusiasmo e discernimento. A trajetória deles se confundia com a
História da IPU. Foi um discipulado inesquecível. Uma Graça preciosa e
consequentemente , que se põe, como diria o Richard Shaull, no olho do furacão,
e sem medo, se coloca ao lado dos que não tem nem poder e nem consolador como
sugere a narrativa bíblica: “de novo
voltei a minha atenção e vi toda opressão que ocorre debaixo do sol: vi as
lágrimas dos oprimidos, mas não há quem os console; o poder estava ao lado dos
seus opressores, e não há quem os console”(Ec. 4.1).
A IPU emerge num tempo
de profunda crise ética e política do protestantismo, diria mais, de uma
profunda crise espiritual, de um déficit na escolha histórica. Faltava ao nosso
protestantismo um protagonismo junto aos empobrecidos, explorados e
perseguidos. Ainda hoje esse continua sendo nosso desafio, permanecer ao lado
dos que para esse mundo, não são, não podem e não tem. Quarenta anos é um número simbólico da
travessia, de transições, de tentações e de decisões cruciais. Que o Bom Deus,
Pai e Mãe nos dê sabedoria e assertividade.
Pr.
Jorge Nery (Professor da UEFS/UNEB e Diretor do MOC)
Muito bom ouvir essa declaração de fé transformadora, nesses 40 anos da Ipu
ResponderExcluirSigamos juntos, Rev.
ExcluirForte abraço!
O desafio se torna cada dia mais imperativo diante da situação política atual de retrocesso dos avanços alcançados.
ResponderExcluirVerdade! É preciso uma fé-luta por justiça social. Há braços!
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