domingo, 1 de outubro de 2023

O DESAFIO DE CUIDAR...

 

Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1] 

            Nosso cotidiano é marcado por incertezas, por medos, por angústias que parecem não ter fim. Como sugere Tom Zé “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Desta maneira, choramos, nos chateamos, ficamos decepcionados, nos cansamos no caminho e, por vezes, é muito difícil fazer o mutirão do esperançar.

            Corremos tanto e em tantos lugares parece que não conseguimos efetivamente se fazer presente com atenção no olhar e no ouvir. Vivemos, por vezes, no automático e suspeito que seja necessário repensar ações para não adoecermos.

            Recebi essa semana uma ligação de 40 minutos de um amigo e me senti um pouco mal. Não pela ligação dele e ou o que ele conversou, mas, me senti mal por minha falta de atenção e cuidado com alguém que esteve precisando de apoio e cuidado.

            Evidentemente que em nossa humanidade acertamos e erramos constantemente, não é essa a questão. Penso que este texto é para problematizar se tenho dedicado minha energia e potência com o que realmente é importante. Cuidar de pessoas é algo imprescindível no discipulado de Jesus de Nazaré, ou seja, não basta ser religioso e cumprir dogmas e rituais, pois, o Reino de Deus chega primeiro para “publicanos e prostitutas”.

            Convido você leitor(a) também a esse momento de reflexão. Estabelecer prioridades é necessário no caminho. Não é suficiente caminhar. É preciso saber para onde se vai, com quem se vai, como se vai e quando se vai. Desejo, honestamente, que a experiência do Reino de Deus nos humanize e que assim como fomos acolhidos e amados por Deus, possamos acolher e cuidar de quem encontrarmos no caminho.





[1] Reverendo da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.



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