Por: Cláudio
Márcio[1]
“Orai
sem ARREDAR O PÉ” (1 Tessalonicenses
5.17\ Bíblia do matuto)
Pai-Mãe de toda criação
e bondade, recordei nesta manhã que aqui em Muritiba (na infância) alguns
colegas faziam “armadilhas” para prender passarinhos com o visgo da jaca,
assim, por vezes, tinham êxito.
Hoje
penso que o fenômeno religioso pode ser lido como “esse visgo da jaca” e que
meus colegas seriam representações de sacerdotes religiosos.
Ó Deus, rememoro ainda
que muitos pássaros escapavam da armadilha. Sim, como sinalizou Rubem Alves: o pássaro encantado não pode
ser capturado, isto é, quando se prende torna-se empalhado.
Tu És o MISTÉRIO que só conheço mediante a fé,
logo, minha crença não consegue não te perceber afastado do rosto humano
multifacetado. Isto é, essa REALIDADE
ÚLTIMA ocorre em corpos plurais.
Contudo, Senhor. Minha narrativa
sobre a bíblia são como “bagos de jaca” que alimentam e alegram as pessoas. Se
o visgo da religiosidade tem impedido de sentir o cheiro e sabor, peço
desculpa. Se minhas mãos estão “meladas
e nojentas” que Teu óleo possa me purificar.
Que Tu sejas como nossa
jaqueira bonita e forte no dia da tribulação. Em Tua sombra quero proteger-me. Fazer piquenique e sorrir como e
com as crianças. Pai-Mãe, a jaca só frutifica no momento certo, assim,
ensina-me a ter paciência e perseverança.
Ó Deus, confio em suas
promessas e não serei confundido. Se falam do Senhor como: rocha, monte, pedra,
sol, nuvem...qual a razão de não poder “ser”
jaqueira no chão do Recôncavo?
Pai-Mãe, que o BAGO NOSSO DE
CADA DIA não nos falte hoje, amém!
(Prece feita em 12-07-18)
[1]
Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do Recôncavo da Bahia).
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