Por: Cláudio Márcio R. da Silva[1]
O irmão
sol e a irmã lua derramam lágrimas pelo chão
No
tempo da criação queremos renovar nosso mundo
A
casa comum é incendiada e geme as dores da desolação
E, mesmo trazendo essas rosas para te dar, sei que buquê são flores mortas
A vida
é desfeita e tem sobrado choro, luto e despedida virtual...
Hoje
o céu não amanheceu tão lindo – apenas cinzas sem fênix
Cadê
a flor que estava aqui? O peixe que é do mar? O verde onde é que está?
Chico
Mendes, presente! Margarida Maria Alves, presente!
Humano
como coroa da criação?
A quem
interessa essa interpretação?
Precisamos
articular uma espiritualidade ecológica
UBUNTU
– OIKOUMENE – PACHAMAMA
Sou militante
da utopia – um rebelde da esperança
Escrevo
como um semeador que espalha as sementes
Sou capaz
de ouvir o som da redenção
Não me
iludo - o jardim é construído por muitas mãos
Minha
alegria é saber que todos anos você vem
Chega
em múltiplas cores como um espetáculo de beleza
Flores,
borboletas, pássaros, crianças e velhos nas praças da cidade...
Tudo
se renova na P-R-I-M-A-V-E-R-A
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